QUERIDINHO:
Entre os filmes queridinhos do momento, “The Menu” merece o seu local de destaque e está disponível no Star+. O longa traz tensão e bons personagens que fazem valer a pena acompanhar a jornal até o desfecho final. Quanto menos você souber, melhor para ver. Esse é um dos raros filmes atuais que não nos deixa saber aonde aquele desenrolar vai nos levar, deixando aquele gostinho de quero mais em nossa boca.
RALPH FIENNES:
Com um elenco de estrelas, cada um tem seu momento para brilhar, mas muito do mérito de “The Menu” ser tão gostoso de ver se dá pela melhor performance de Ralph Fiennes, em minha opinião. Nosso eterno Lorde Voldemort é frio, porém dotado de uma estranha humanidade; ele é o vilão, mas parece justificado em suas atitudes. Você gosta de vê-lo em ação, mas fica apreensivo cada vez que ele bate palmas. Um dos personagens que nos enche os olhos, mas não para por aí!
ELENCO PRIMOROSO:
Anya Taylor Joy e Nicholas Hoult completam o trio principal. Anya é imprevisível e traz um sex appeal que a comédia ácida precisa, ela prova mais uma vez a potência de sua atuação. Hoult, por outro lado, é um fanboy babaca que tem a experiência como um culto a ser vivido. Depois da pandemia e da cultura de adoração a figuras como Elon Musk, suas reações ao longo da trama não parecem tão absurdas. Outra figura que merece destaque é a divertida Hong Chau como a maitre d’ e braço direito do chef Julian: sempre escondendo hostilidade por trás do sorriso cordial.
MINIMALISTA:
Em um cenário minimalista e bem trabalhado, o enredo e a direção entregam um show que mostra um passeio pela corrupção dos convidados e os excessos da equipe que trabalha no famoso restaurante. Não deixa de ser um terror, mas sua maior qualidade é a de promover uma mistura, que o torna um prato elaborado, para pegar emprestada a metáfora culinária da história. Além de terror, é também uma comédia sinistra, uma sátira sobre o processo de criação artística e uma obra que se delicia em fazer gente do 1% da sociedade se dar mal.
SÁTIRA:
Os subtextos na trama, a relação dar arte com a comida, como o dinheiro corrompe o papel da arte em uma sociedade com consumo exagerado e que busca, incessantemente a satisfação imediata que os likes nos trazem. Poderia ser acrescentado como mais um capítulo de “Relatos Selvagens”.
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