Um dos principais desafios enfrentados pelos idosos é no quesito saúde. Com o avanço da idade e o processo de envelhecimento natural, é comum que surjam doenças crônicas, algumas ainda sem cura, mas com tratamento, como diabetes, hipertensão, artrite e doenças mais graves e degenerativas como doença de Parkinson e Alzheimer.
Se numa criança ou mesmo num jovem, uma queda, um arranhão, ou mesmo uma fratura, o processo de cura é rápido, infelizmente, no idoso, isto não acontece, pois a capacidade de recuperação de lesões e doenças é reduzida, e algumas vezes, incompleta.
Por isso que sempre afirmamos, e repetimos, aos filhos e cuidadores, da importância em promoverem a vigilância e cuidado que devam ter com seus entes queridos idosos. Seja na realização rigorosa e periódica das vacinações, das consultas médicas, e do uso dos medicamentos nas doses e horários certos.
A complementação com uma alimentação mais adequada para idosos é fundamental, para evitar tanto obesidade, como desnutrição. Frutas, verduras e caldos, sopas, devem ser ingeridos como alimentos, pois têm menos teor de gordura, ajudarão a diminuir as complicações já decorrentes especialmente da pressão alta e do diabetes.
Exercícios físicos em períodos adequados fazem uma grande diferença na qualidade de vida dos idosos, mas para isso é preciso muito esforço para fazê-los sair do sofá e da cama.
Um outro desafio enfrentado pelos idosos agora se situa no plano da saúde mental, e pode ser mais grave, que é a solidão e o isolamento social.
Muitas vezes a perda de referência coloca o idoso numa situação de vulnerabilidade maior. Não tem mais seus pais, nem seus amigos, às vezes seus irmãos também já foram, filhos estão com suas atividades e vidas bastante atribuladas, ficando o idoso sozinho em suas casas, passivamente vendo televisão, ou mesmo dormindo, diminuindo o relacionamento com pessoas, o que pode gerar sedentarismo e agravar as doenças pré-existentes.
Um alerta é que, em muitos casos, idosos podem apresentar quadro de depressão, que nesta faixa etária, muitas vezes é mais grave e de difícil controle. O tratamento deverá ser imediato e rigoroso, já que quando o processo depressivo não for controlado adequadamente, este poderá se agravar e se intensificar, gerando risco até de suicídio.
No plano da segurança física, os desafios continuam na terceira idade, e os mais comuns interferem diretamente nas finanças dos familiares, devido os custos a mais, num orçamento muitas vezes já apertado, e são os riscos que o próprio ambiente domiciliar propicia, como piso úmido, escadas e quintais molhados E isso pode ocasionar quedas e fraturas graves, especialmente do fêmur, da bacia, dos braços, produzindo dores, dificuldade para movimentação, e risco de adquirirem quadro de pneumonia ou infecção urinária, que podem ser fatais.
Se o desafio na terceira idade é grande, também o poder de informações dos familiares e o cuidado contínuo podem propiciar aos idosos boa qualidade de vida.