É tempo de se tocar!

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 01/10/2024
Horário 05:12

O mês de outubro se tingiu de rosa, e não por acaso. Desde os anos 90, o movimento conhecido como Outubro Rosa tem sido fundamental na conscientização sobre o câncer de mama, o tipo de câncer que mais afeta as mulheres no mundo. O propósito é claro: chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce e, acima de tudo, promover a saúde feminina, lembrando que o cuidado preventivo salva vida.

Mas por que o Outubro Rosa é tão essencial? Simples: a detecção precoce do câncer de mama aumenta significativamente as chances de cura. No Brasil, por exemplo, dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) mostram que cerca de 66 mil novos casos são registrados anualmente. Mesmo com os avanços tecnológicos e médicos, muitas dessas mulheres ainda chegam ao consultório com o câncer em estágio avançado. Isso se deve, em parte, à falta de informação, ao medo e, muitas vezes, à dificuldade de acesso ao sistema de saúde.

O Outubro Rosa vem para romper essas barreiras, oferecendo mais do que apenas um lembrete de que é hora de realizar o autoexame ou agendar a mamografia. Ele busca educar, desmistificar o câncer de mama e encorajar mulheres a cuidarem da própria saúde com a mesma dedicação que aplicam em tantas outras áreas de suas vidas. Campanhas públicas, iluminações de prédios em rosa e eventos comunitários têm o papel de criar um ambiente onde a prevenção se torne parte da rotina.

Além disso, é um mês que convida à solidariedade. O câncer de mama não afeta apenas as mulheres diagnosticadas, mas também seus familiares, amigos e toda a rede de apoio ao seu redor. Quanto mais falamos sobre o tema, mais reduzimos o estigma e fortalecemos essa rede, tornando a jornada de cada paciente mais leve e amparada.

Em tempos de pandemia e desafios constantes no sistema de saúde, o Outubro Rosa nos relembra que a prevenção é um ato de amor próprio e de cuidado com o próximo. É um mês para refletir, agir e, acima de tudo, salvar vidas. O diagnóstico precoce é o maior aliado na luta contra o câncer de mama, e cabe a todos nós sermos agentes dessa mudança.

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