A região de Presidente Prudente registrou queda de 3,27% nas ocorrências de roubo no primeiro semestre deste ano. Conforme levantamento no banco de dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública), os crimes registrados caíram de 183 para 177 na comparação entre os primeiros seis meses de 2020 e 2021. No período deste ano não houve latrocínio, e o furto de veículo caiu de 158 para 155, uma redução de 1,89%.
Os números apresentados seguem a tendência de déficit dos indicadores criminais analisados ano a ano, e que apontam a região de Presidente Prudente entre as mais seguras do Estado de São Paulo. Em contrapartida, houve aumento de 58,82% em roubo de veículo (de 17 para 27) e 13,26% em furto (de 3.173 para 3.594). No entanto, ao observar esses mesmos índices de janeiro a dezembro dos últimos dois anos, ambos tiveram redução. (veja a tabela).
Everson Aparecido Contelli, delegado de polícia coordenador no Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), reforça que a maioria dos indicadores criminais já vinha em tendência de queda na última década e, com a pandemia, alguns desses índices “experimentaram” uma maior queda em 2020. “Crimes contra o patrimônio, principalmente, tem uma forte ligação com circulação de pessoas e outros hábitos sociais, de tal modo que ocorrendo uma pandemia, esses índices sofrem consequências imediatas”, explica.
“Conforme ocorre a retomada da economia, esses índices tendem a estabilizar. Dessa forma, perceba que se o comparativo ocorre entre 2021 e 2019, excluindo o período de maior isolamento, os índices continuam em queda”, afirma o delegado.
A Polícia Militar, por meio da SSP, afirma que as polícias paulistas trabalham diuturnamente e de forma ostensiva para combater todas as modalidades criminosas na região de Presidente Prudente.
“O patrulhamento preventivo realizado pela PM é reorientado e intensificado com base na análise dos índices criminais e dos boletins de ocorrência registrados. O efetivo atua por meio dos programas Força Tática, Rocam [Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas], Ronda Escolar, Radiopatrulha e Policiamento Comunitário”, salienta. “De janeiro a julho deste ano, o trabalho conjunto das polícias Civil e Militar possibilitou a prisão de 3.695 criminosos, a recuperação de 214 veículos roubados ou furtados e a apreensão de 165 armas ilegais na região do Deinter-8”, explica a pasta.
“Na comparação com os sete meses do ano passado, houve redução de 1,44 % nos roubos, além de nenhum latrocínio ter sido registrado. O registro do boletim de ocorrência é importante não só para a investigação, mas, principalmente, para a orientação do policiamento nas ruas. A comunicação pode ser feita em qualquer DP [Departamento Policial] ou pela Delegacia Eletrônica (www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br)”.
No primeiro semestre de 2021, foram registrados 158 boletins de ocorrência referentes a estupro e estupro de vulnerável. Em comparação ao mesmo período de 2020, quando houve 105 comunicações às autoridades policiais, é possível observar um crescimento de 18,79%. De acordo com a pesquisa, estupro de vulnerável é o que apresenta maior incidência nos registros, porém, foi o que teve menor aumento. A quantidade de ocorrências cresceu de 105 para 118 (12,38%), enquanto estupro aumentou de 28 para 40 (42,85%) no período.
De acordo com o Deinter-8, atualmente a região conta com 9 DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher), que são responsáveis pelas apurações. Não é possível afirmar se o aumento pode estar relacionado com o isolamento domiciliar, já que parte dos casos ocorrem dentro das casas. Isso porque, conforme o delegado do Deinter-8, assim como estatísticas de diversos setores, não somente segurança pública, levará anos para avaliar completamente os efeitos de uma pandemia.
“Com efeito, a segurança pública está sendo mantida, com mais ações, mais operações para manutenção da diminuição dos índices regionais. As polícias continuaram trabalhando ininterruptamente durante a pandemia para manter os índices criminais”, afirma Contelli.
SAIBA MAIS
“Região do Pontal conta com índices criminais muito mais amenos”
“Os olhos da comunidade são nossos olhos em todos os lugares”