Caio Toledo Pennachhi Cardoso Machado, o prudentino conhecido como Big Foot no mundo do MMA, dono do cinturão peso-pesado da BFL (Battlefield Fight League), um dos maiores eventos de MMA do Canadá, tem mais um compromisso nesta sexta-feira, no BMO Teatre Center, em Vancouver. O novo combate será contra o estadunidense Randy McCarty. Caio, que vem trabalhando focado numa oportunidade no UFC (Ultimate Fighting Championship), está com boas expectativas em mais uma vitória.
Caio, quais são as suas expectativas para esta luta? O que esse novo desafio representa para a sua trajetória no MMA?
Expectativa de vitória, porque acredito que sou um lutador mais completo que o meu adversário. Não só ganhar, mas acredito que irei impor meu jogo e conseguir mostrar que estou chegando a um próximo nível, numa próxima fase.
Como vem se preparando para enfrentar seu oponente? Já lutou com Randy McCarty? O que pode dizer sobre ele?
Minha preparação é a mesma de sempre. Acabei não pegando folga depois da última luta, então continuei com meu treinamento. Em questão de gás, de cardio, até melhorei. É só uma questão de me ajustar para o meu adversário, porque não o conheço, a gente não se enfrentou ainda. Eu não sabia nada dele, mas a gente tem um time bom que achou algumas lutas dele e junto com meu treinador conseguimos montar um jogo pra fazer meu melhor. Acho que é um cara rodado, mais velho, mais experiente que eu, mas sou maior e acredito que tenho uma condição física melhor como atleta, então é uma questão de chegar lá e fazer meu jogo.
Como funciona a sua rotina pré-luta, Caio?
Vem mudando muito com a Covid-19, como as regras pra gente ficar na arena, por exemplo. Mas, normalmente a gente pesa um dia antes da luta, eu vou pra casa janto com a minha noiva, com meus amigos, treinadores, tento ver um filme, ficar de boa. No dia da luta, acordo, faço meu café, levo o dia normal, tento me manter, dar atenção pra minha família aí no Brasil, que fica preocupada, mandando mensagem. Acalmar minha mãe [risos]. Sempre ligo pra alguns treinadores, parceiros de quando eu treinava no Brasil pra conversar, trocar uma ideia e com isso vou entrando no ritmo da luta.
Qual foi sua última grande conquista?
Minha última grande conquista foi em junho, que eu ganhei mais uma luta dentro do BFL. Defendi meu cinturão pela segunda vez e ganhei com nocaute no primeiro round contra um cara que na época estava ranqueado no Canadá em primeiro e eu em segundo na categoria peso-pesado. Hoje eu sou o primeiro.
E já engatando, pode falar um pouquinho para quem não conhece o que é a BFL? E como é ser dono do cinturão peso-pesado dela?
A BFL hoje é o maior evento de MMA no Canadá, eles passam na plataforma do UFC de streamings, o UFC fightpass, que é uma plataforma muito boa, dá uma visibilidade muito grande. É um evento que pra quem está aqui é muito bom. Vários lutadores saíram daqui e foram para o UFC ou para outros eventos grandes na Ásia, entre outros. Então, ser um campeão aqui é um reconhecimento de que estou no topo da minha categoria no meu país, e o próximo passo é chegar ao UFC, num evento maior.
É grande o sonho de pisar no octógono do UFC, Caio?
Sonho, objetivo, missão, foco. É para o que a gente trabalha. Sonho, sonho eu falo que é ser campeão do UFC e é pra isso que eu trabalho. Mas o próximo objetivo, a próxima meta, o caminho até chegar lá é continuar indo bem, ganhando e conseguir uma oportunidade de entrar no octógono, fazer bem e ganhar meu espaço lá.
Está morando em Vancouver, ainda? Faz tempo que não vem a Prudente?
Sim. Apesar de estar em Vancouver desde 2015, eu sempre tento ir uma vez por ano ao Brasil para visitar a família, meus pais [Ronaldo Machado e Zelly Machado], os amigos, geralmente no final do ano, época de Natal, ano novo, que é mais frio aqui. Infelizmente não vou desde que começou a pandemia. Mas graças a Deus as coisas estão melhorando e se tudo der certo irei no final deste ano.
Algo que chamou a atenção em outra entrevista sua ao O Imparcial é que mesmo tão distante você mencionou ter como nutricionista e preparador físico o mestre prudentino Rodolfo Zanin...
Então, mesmo longe continuo trabalhando com o Rodolfo, principalmente na parte de nutrição porque eu acredito que ele é um cara que não é só um nutricionista, um preparador físico, ele é alguém que está envolvido nessa parte profissional e ainda luta. Trabalha com outros atletas da região. A própria Ariane Sorriso. E é um cara que eu conheço há muito tempo. Eu diria que reconhecimento por um cara que faz um trabalho muito bom com o pessoal de luta que quer competir. E com a tecnologia eu prefiro mantê-lo, com o trabalho que ele faz, fora a parceria, a amizade, ele sabe que eu tenho um carinho muito grande por ele.