A história que hoje temos conhecimento - seja de qual área for - é contada através de relatos escritos de quem viveu em determinadas épocas e comprovadas por documentos, fotos, imagens diversas, gravuras, sons, entre outros. Isso é apenas uma citação da importância que é preservar a história, manter vivo aquilo que foi feito por aqui, no passado, distante ou não.
E, quando falamos em preservação, ela se expande para diversas áreas, e uma delas é a cultural. Da arte mesmo. Manter viva as muitas manifestações artísticas, que contam histórias por si, que retratam determinados momentos, é essencial, para ter história para contar. Além da preservação, é fundamental o respeito por aquilo que foi feito ali um dia, que teve motivo para estar lá. É preciso pensar e repensar antes de apagar, definitivamente, uma relíquia, uma arte e, consequentemente, a história.
Um exemplo de bom senso e respeito vieram do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo que, através do frei Jacó da Silva, convidou a família do saudoso José Botosso para juntos chegarem a uma solução quanto a duas de suas obras colocadas na capela Jesus de Nazaré, localizada na instituição de saúde. O espaço religioso sedia oito painéis do artista, pintados em 1997, sendo que dois precisam de restauração. A família luta para manter viva a sua arte e faz de tudo para que a restauração seja a solução de todos os contratempos encontrados nas obras de Botosso, seja onde for. No entanto, em relação aos trabalhos instalados no HR, os familiares estão atrás de profissionais para fazer as devidas restaurações.
Este é um exemplo de amor à arte e respeito aos trabalhos de pessoas que já se foram. José Botosso fez história em Presidente Prudente, tendo sua arte registrada em diversos espaços conhecidos da cidade, e merece nosso respeito e preservação de suas obras. Quanto mais próximo ao centenário da cidade, ter esse cuidado demonstra amor, carinho e gratidão por Presidente Prudente.