É possível treinar empatia... Saiba como!

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 16/01/2025
Horário 05:00

A empatia significa habilidade de compreender emocionalmente, capacidade psicológica de sentir o que outra pessoa sentiria, se estivesse na mesma situação. Ou melhor, colocar-se no lugar do outro, sem julgamentos.
A capacidade de ter empatia está ligada ao bom funcionamento do cérebro já que envolve três componentes essenciais: afetivo, cognitivo e regulador de emoção. 
No aspecto afetivo, temos a questão de partilhar e compreender os estados emocionais do outro. 
No cognitivo, temos a capacidade de definir os estados mentais e o regulador de emoções lida com o grau de respostas apreendidas. 
Nossos neurônios são responsáveis por moldar nossos comportamentos e reações. 
De acordo com a neurociência, a empatia pode ser construída e ativar o sistema neural de caridade. 
A empatia pode ser desenvolvida a partir de estímulos neurais desde a infância, que englobam o fortalecimento de processos neurais.
As pessoas que possuem características como altruísmo e afetuosidade estão mais aptas para reconhecerem e aceitarem o estado emocional das outras pessoas, uma vez que possuem regiões importantes do cérebro mais ativas
Mas como treinar a empatia?
Vamos para algumas dicas:

1- Esteja disposto a ensinar e aprender
Quando ajudamos um colega de trabalho a resolver uma questão ou ensinamos nossos pais a mexerem no celular, de maneira calma e paciente, estamos exercitando a capacidade de empatia. 
O fato de exercitar a humildade para estar disposto a aprender coisas novas também desenvolve habilidades essenciais para nos colocarmos no lugar do outro.

2- Diminua o seu julgamento: 
Deixar de lado a sua visão, as suas crenças e a sua realidade, para entender a realidade do outro é primordial.
Isso faz com que aceitemos mais as pessoas como elas são, diminuindo nossa expectativa sobre como gostaríamos que as outras pessoas são.
É muito mais sobre aceitar a liberdade do outro, mesmo que às vezes, não concordemos. Afinal, muitas vezes, é melhor ter paz do que razão, não é mesmo?

3- Tenha uma escuta ativa e demonstre interesse genuíno: 
Escutar ativamente o outro, sem interrupções e trazendo a sensação de liberdade para que o outro expresse aquilo que deseja, nos torna mais empáticos. 
Afinal, sermos bons ouvintes faz com que possamos entender e aceitar melhor o posicionamento do outro. 
Ah! Escutar para compreender, não para rebater.

4- Finalmente, pratique o autoconhecimento: 
Faça uma reflexão, reconheça seus pontos fortes e fracos, interprete suas emoções. Quando reconhecemos tudo aquilo que faz parte do nosso eu individual, nos tornamos mais compreensíveis para entender os valores, emoções e comportamentos do outro.
 

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