O outono começou nesta quinta-feira (20), às 6h01, e se prolonga até às 23h42 do dia 20 de junho (pelo horário de Brasília). A nova estação marca a transição do período úmido para a época de seca, característica do inverno.
Segundo o especialista em climatologia, Alexandrius de Moraes Barbosa, do Unoeste Clima (Centro de Monitoramento e Estudos Climáticos e de Previsão do Tempo, o outono 2025 no oeste paulista é caracterizado pela redução das chuvas, temperatura e radiação solar, sendo esse o período de transição para a estação mais seca e fria (inverno). “A temperatura média da estação é de 22,5°C. Normalmente, durante o outono, principalmente a partir de maio, começam a chegar as primeiras massas de ar frio de maior intensidade”, explica Alexandrius.
A previsão para o oeste paulista é desfavorável. O prognóstico do Copernicus Climate Change Service (C3S) indica que o outono será uma estação com chuvas abaixo da normalidade e temperaturas acima da média.
De acordo com ele, o volume de chuva normal da estação na região é de 240 mm. Para 2025, os modelos indicam volumes entre 150 a 200 mm. Já em relação à temperatura, os modelos indicam temperaturas de 0,5ºC a 1,5°C acima da normalidade. “Temperatura acima da normalidade normalmente é reflexo da ocorrência de períodos de estiagem - baixa nebulosidade e alta incidência de radiação solar - associados à possibilidade de novas ondas de calor”.
Alexandrius ressalta que o verão terminou com cenário preocupante: chuvas muito abaixo da normalidade e temperaturas elevadas. “O verão não deve deixar saudades, principalmente para o produtor rural. As chuvas ocorreram de maneira muito irregular e abaixo da normalidade. O normal para o verão no oeste paulista é um volume próximo a 618 mm. Na estação da Unoeste em Prudente foram registrados 421 mm, ou seja, 197 mm abaixo do normal”.
Já na estação da Unoeste localizada na Fazenda Experimental - entre Tarabai e Mirante do Paranapanema - o cenário foi pior, foram registrados apenas 245 mm, volume 373 mm abaixo da normalidade. “De maneira geral, o verão encerrou com chuvas na casa dos 300 mm abaixo da normalidade na região. Os períodos de estiagens se refletiram em temperaturas acima da normalidade. A temperatura média do verão foi de 27,7°C, valor este 1,2°C acima da normalidade [26,5°C – normal histórica da região]”.
E esse cenário, segundo Alexandrius, acarretou diversos prejuízos para o homem do campo, no desenvolvimento e na produtividade das principais espécies cultivadas nesse período como cana-de-açúcar, amendoim, soja, milho, batata-doce, pastagens.
Imagens: Unoeste Clima
