O que não tive quando criança, mas farei o possível para dar aos meus filhos!

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 15/11/2023
Horário 04:30

Com essa sublime frase de efeito, e preferencialmente com eco de sabedoria interna própria, temos visto e ouvido, quantos de nós, e quando crianças, já passamos por situações totalmente adversas e que essa nossa mensagem seria totalmente eficaz na nossa linha de conduta a respeito de nossos próprios filhos? Será? Seria realmente necessária essa nossa atitude para com os nossos entes queridos? Pois, alguns estudos e alguns profissionais da área da psicologia com anos de vivência nos garantem que isso se torna realmente um lego e gigante engano de nossa parte (pois tempos atrás, também não tínhamos essa observação). 
Haja vista que mesmo o nosso grande sofrimento não nos dá o direito de que nossos filhos também possam passar por situações que lhes dão esse senso. O quanto uma pequena dor possa os levar a um patamar de simbologia eficaz no que a vida possa lhes ensinar. E como isto é realmente válido. Isto se chama aprendizado. Mesmo de maneira pequena, leve, triste e desafiadora, nos mobiliza com capacidade de crescimento e desenvolvimento. Isso se realmente quisermos, ou quem sabe, eles mesmos!
Estudos recentes têm nos mostrado o quanto que os pais de hoje, mesmo na sua melhor das intenções, em alguns momentos pecam, quando acreditam que dando de tudo e o melhor, está verdadeiramente contribuindo e muito para que seu filho não sofra. Se isso seja uma essência da vida, o que nos cabe uma simples interferência? O, que a vida possa nos ensinar, e é notório que ninguém deseja que o seu filho passe situações de sufoco e tentações negativas principalmente. 
Mesmo tentando moderadamente se criar em doses homeopáticas de indicações e caminhos suaves que muitos pais fazem a seus filhos, é preciso que a cautela seja uma mola mestra de orientação, num sentido de que aos poucos, cada caminhada seja percorrida, por ele mesmo. E se, assim sentir algo que o incomode, o atrapalhe, o perturbe, aí sim, nos cabe um simples afago nesse sentido complementar de apoio, isto é, um direcionamento, mas com percalços que possam sentir que caminho ele prefere seguir. Todo pai e mãe deseja dar aos filhos boas condições de vida. Só que muitas vezes o excesso de amor e cuidado faz com que alguns limites sejam extrapolados e as crianças fiquem mimadas demais.
Mais do que lidar com a birra e as irritações que isso pode causar, é preciso entender que as consequências desse comportamento refletem no futuro de maneira significativa. Segundo a psicóloga, Maísa Pannuti, “crianças e adolescentes mimados recebem uma educação que favorece esse tipo de comportamento", avalia ela, que também é doutora em Educação, e assessora de Psicologia do CIPP (Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento) do Colégio Positivo. 

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