Vários avanços cinematográficos ocorreram nos anos 50: o formato Cinemascope, WD (Wide-Screen – tela larga), o cinema 3D, e isto impulsionaram filmes populares de gêneros como ficção científica e terror. “O Monstro da Lagoa Negra” (“Creature of Black Lagoon”) é um clássico da ficção dirigido por Jack Arnold em 1954. Durante uma expedição científica ao Rio Amazonas, a equipe do Dr. Richard (Richard Carlson) encontra uma criatura grotesca que pode ser o elo perdido entre os anfíbios e os humanos. O Monstro possuía força sobre-humana e além do aspecto horrendo tinha mãos grandes com garras e membranas entre os dedos e podia respirar dentro e fora d´água. A criatura se revolta e sequestra a bela Kay (Julia Adams), a única mulher da expedição. Uma divertida sessão Pipoca com sabor do passado. Teve duas continuações: “A Revanche do Monstro” (55) e “O Monstro Caminha Entre Nós” (56).
“O crime de envelhecer”
A novela global “Vai na Fé”, de autoria de Rosane Svartman, traz em seu elenco a atriz Renata Sorrah de 76 anos, interpretando a personagem Wilma, que intermeia passagens cômicas com outras bastante instigativas. Ela faz uma atriz que teve glória no passado e, agora, as pessoas mal sabem o nome. Em um dos capítulos recentes, ela dá uma entrevista em que pontua: “Meu nome é Wilma Campos. Eu sou atriz, e se você não me viu atuando, a culpa não é sua. Pergunta para o seu pai, sua mãe certamente me viu em algum filme. Eu fui muito famosa. Uma estrela. Mas recentemente eu descobri que eu cometi um terrível crime: eu envelheci. No mundo de hoje, ser jovem não é mais uma fase da vida, mas um estado definitivo de espírito. Quem envelhece é um fora da lei, e quem é mulher, então, é um agravante. Expulsam-nos do mundo por conta das nossas rugas e das dores nos nossos ossos. Eu envelheci, sim. Mas as marcas do meu rosto carregam as minhas paixões, tristezas. Minhas alegrias, amores e minhas lágrimas. E a história da minha vida, e eu tenho muito orgulho dela”. O etarismo está tão arraigado que o idoso tem que ficar escondido nos interiores das casas, nos bastidores da vida. Suas presenças afrontam a beleza e a vivacidade da juventude. Um idoso na balada é ridículo. Uma idosa com roupas leves é sem noção. Uma idosa de cabelos brancos é alguém que não se cuida, uma desleixada. Uma idosa de cabelos tingidos e com procedimentos estéticos é uma velha que não aceita a idade. Como temos sido cruéis, mental ou verbalmente, com o envelhecimento. Os idosos têm que se recolher à codjuvância da vida, pois o protagonismo já passou. Quando não olhamos com deboche, agimos com menosprezo. Não queremos deixar a juventude escapar de nossas mãos, e a confundimos com vitalidade. Podemos ser idosos e vitais, dinâmicos, sacudidos, plenos, realizados, felizes e participativos. Não precisamos permanecer como arremedos de juventude: vestir a camisa da velhice.
Dica da Semana
Televisão
Elenco maduro de “Terra e Paixão”:
A nova novela global das 21h, de autoria de Walcyr Carrasco, acabou de estrear e traz em seu elenco a presença firme e talentosa de grandes nomes, como Tony Ramos (Antônio La Selva), Glória Pires (Irene), Susana Vieira (Cândida), Ângelo Antônio (Andrade Amorim), Inez Viana (Angelina), Flávio Bauraqui (Gentil).