As comédias de Jerry Lewis fizeram sucesso não apenas na época do lançamento (entre os anos 1940 e 60), mas durante as décadas seguintes através das exaustivas reprises nas Sessões da Tarde, principalmente entre os anos 70 e 90. Inicialmente Jerry Lewis fez dupla cômica com o cantor e galã Dean Martin em 17 filmes, dentre eles, “O Meninão” (You´re Never Too Young), de 1955. Na história, o atrapalhado Wilbur (Lewis) tem que fugir de um ladrão que escondeu um diamante em seu bolso. Como não tinha dinheiro para comprar a passagem inteira, se disfarça com a roupa de marujo de um garoto de 11 anos e parte rumo ao interior. Ele é acolhido por uma jovem professora (Diana Lynn) durante a viagem, e novas confusões vão impedindo que ele revele o disfarce e ele acaba se matriculando na escola em que a professora e seu namorado Bob (Dean Martin) dão aulas. Humor inocente e imorredouro em clássicos inesquecíveis da dupla como “O Rei do Circo” (54), “Artistas e Modelos” (55), “Ou Vai ou Racha” (56) e “O Rei do Laço” (56).
“Mel do Apogeu”
O termo ostracismo deriva da Grécia Antiga e se referia a uma pena de desterro por um período de dez anos, pronunciada pelo povo em assembleia, a que eram condenados os cidadãos que, por seu excessivo poder ou influência fossem considerados uma ameaça para o regular funcionamento do governo. Este banimento representava um afastamento ou exclusão de um cargo político, e o termo foi sendo incorporado a outras civilizações para representar a perda de poder ou de importância não apenas a questões políticas. No ocaso da vida, somos também levados a um ostracismo em várias frentes: perda de significância ou relevância social, familiar e econômica. O ápice da vida é geralmente associado à juventude, época em que somamos ganhos e vitórias e conservamos vitalidade, beleza e saúde. Regozijar-se do apogeu da vida é saber aproveitar estas fases em suas potencialidades máximas. Mas não existe mel em outras fases? E este apogeu é obviamente etário, sem outras influências? Balela. A felicidade é consequência da combinação de sorte com escolhas bem-feitas. A sorte está à espreita sempre, em qualquer época de vida, e é sempre possível fazer novas escolhas. Bobagem ficar lamentando não ter sugado o mel do apogeu de décadas anteriores e achar que só nos resta favo seco sem abelhas. Enquanto as competências mentais e físicas permanecem, mesmo que frágeis e cambaleantes, é possível sugar o prazer de viver e extrair docilidades de possibilidades aparentemente estéreis. Driblar a lástima, evitar o saudosismo aprisionador e curtir o que é possível, é aprender a sugar o mel da resignação.
Dica da Semana
Televisão
Elenco maduro de “Alma Gêmea”:
A novela “Alma Gêmea”, exibida originalmente em 2005, está sendo reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo às 17h, com um grande elenco de atores experientes, como Ana Lúcia Torre (Débora), Elizabeth Savalla (Agnes), Fúlvio Stefaninni (Osvaldo), Walderez de Barros (Adelaide), e os inesquecíveis Nicette Bruno (Ofélia), Neusa Maria Faro (Divina), Umberto Magnani (Elias) e Lady Francisco (Generosa),
