Estão cada vez mais recorrentes os casos de maus-tratos contra animais domésticos em cidades da região. O que pode ser considerado, por um lado, positivo, visto que grande parte destes casos veio à tona devido denúncias. Ou seja, as pessoas estão cada vez mais conscientes de sua responsabilidade em levar ao conhecimento das autoridades competentes a situação deplorável em que vivem muitos seres inocentes.
Animais doentes, sem alimento disponível, sequer água. Muitos pele e osso, cheios de sarna, sujos, com um olhar tão triste de cortar o coração. O que leva tantas pessoas a tratarem seus bichinhos dessa forma? Como se fossem um nada, um algo que não sente fome, sede, dor, tristeza. Como podem seguir a vida sabendo que, sob seu teto, há seres vivos morrendo em vida?
Os animais merecem respeito. E, cada vez mais, a sociedade está assumindo a sua responsabilidade diante deles. Infelizmente, muitos vivem um verdadeiro “inferno”, e nem sequer conseguem clamar por socorro. Os casos que noticiamos são aqueles que vieram à tona. No entanto, muitos outros não vêm ao conhecimento público, e, certamente, muitos animais foram vítimas da inconsciência – ou da pura maldade mesmo – de muitos seres humanos. Estes que deveriam respeitá-los e cuidá-los – pois todos somos obras do mesmo Criador. É nossa obrigação cuidar e proteger daqueles que não têm voz.
Certa vez, a notícia de um rapaz que matou um belíssimo exemplar de uma harpia, a maior ave de rapina do Brasil. Seu argumento: “Tive curiosidade”. Logo abaixo uma constatação: “Se os animais tivessem um diabo, certamente ele seria o ser humano”. É algo para refletirmos.
