Tamires, de 26 anos, era natural de Cuiabá (MT) e, antes de adotar o nome, era conhecida como Sonir Fabio Ramos. Há mais de 8 anos, ela não tinha contato com familiares e estava em Presidente Prudente há aproximadamente cinco meses. Desde muito jovem, “Fábio”, como era chamado, teve a infância e adolescência conturbadas, e viu na rua uma forma de fugir dos problemas pessoais.
“Ele queria ser uma mulher, tinha essa busca dentro dele”, afirma a irmã, Elaize Maria Ramos, 33 anos. “Acreditava que a família não queria aceitar, então pensou: ‘tenho que ir para longe’. Achou que poderia ser fácil, mas foi sofrimento demais. Então, ele conseguiu realizar o que ele queria”, explica.
Descrita como uma pessoa “muito amorosa”, "carinhosa", “inteligente”, “amante da cozinha e da literatura”, Pompéia não teve a chance de viver como ela gostaria. “Pelo decorrer da vida e conforme teve essa transformação, as portas foram menores, e a melhor coisa para se sustentar, com certeza foi o mundo de prostituição, por medo da sociedade”, lamenta Elaize.
“Foi muito cruel o que fizeram. A nossa justiça será feita por Deus, não desejo que seja da mesma forma como fizeram com meu irmão, mas que seja uma realidade justa”, considera Elaize.
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