O outono já chegou, mas a dengue não dá trégua. O assunto tem sido abordado constantemente neste espaço. Mas como não falar? Notícias relacionadas à doença não param de chegar. Uma das mais recentes foi publicada na edição de ontem e diz respeito à uma morte suspeita, ocorrida na quinta-feira, em Junqueirópolis. A vítima? Isabela Vitória Pinha, uma criança de 6 anos, com toda uma vida pela frente. Apesar as informações extraoficiais, a Polícia Civil - que investiga ocaso -, ainda aguarda o resultado de exames para confirmar.
Enquanto isso, o Aedes aegypti continua fazendo vítimas. Levantamento realizado pela reportagem de O Imparcial junto a 12 cidades da região indica que 9.631 casos de dengue foram contabilizados de janeiro a março. Até o momento, são 11 óbitos confirmados.
Hospitais e unidades básicas de saúde seguem lotados. Nas redes sociais, pessoas postam fotos se queixando dos sintomas, muitas vezes internadas ou se hidratando. Outras aproveitam para alertar a população sobre os cuidados e o perigo da doença. Muitas comemoram por estarem recuperadas!
Até o momento, conforme balanço divulgado anteontem pela VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), são mais de 5,8 mil casos de dengue em Presidente Prudente, além de 2.680 descartados. Devido à alta demanda, com o objetivo de desafogar as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), as ESFs (Estratégias de Saúde da Família) e os Centros de Apoio à Dengue da Cohab e do Jardim Santana, o Centro Cultural Matarazzo também passou a receber, na segunda-feira, pacientes com sintomas da doença. Somente nos três primeiros dias, foram atendidas 621 pessoas.
No local, a equipe médica e de enfermagem recebe exclusivamente pacientes com dengue, que apresentam sintomas leves, oferecendo consultas e hidratação, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h,
Já os casos urgentes, com complicações, que são dores abdominais, vômito persistente ou algum tipo de sangramento, devem procurar as UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) dos bairros Jardim Guanabara e Ana Jacinta.
A luta contra esse mosquito é grande. E não depende só de uma ou duas pessoas. Depende de todos. Não basta o poder público investir em ações de prevenção, como bloqueio e controle dos criadouros, intensificação de cada em casa, mutirões de limpeza e trabalho de nebulização, se a população não colabora. Ou pior, continua jogando lixo em terrenos baldios, acumulando água e pouco se importando com a doença. A limpeza dos quintais é o mínimo que cada um pode fazer. Não espere ela chegar na sua casa, para eliminar o que precisa.