O ex-lateral Zé Carlos morreu nesta sexta (25), em Osasco, aos 56 anos, vítima de infarto. Ele atuou pelo São Paulo e representou a Seleção Brasileira no vice-campeonato da Copa do Mundo da França em 1998.
Familiares chamaram socorro nesta manhã após estranharem que Zé Carlos não havia acordado cedo, como de costume. Ele deu entrada no PS (Pronto Socorro) Santo Antônio, em Osasco, por volta das 9h após ser conduzido por uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros em parada cardiorrespiratória.
Zé Carlos foi atendido pelo médico emergencista Dr. Patrício do Nascimento que constatou o óbito do ex-jogador. O médico que é natural de Presidente Prudente pontuou a situação como uma “ironia do destino”. “Zé Carlos era humilde, mantinha a essência do interior. Um cara muito gente boa e era amigo de tudo mundo. Dos 28 anos que tenho de medicina nunca tinha passado por uma situação como essa. Foi uma ironia do destino. Sou de Presidente Prudente e faço parte do grupo ‘Só Feras’ de ex-jogadores de futebol onde o Zé Carlos fazia parte”, relatou Patrício.
Conforme apurado por O Imparcial, Zé Carlos estava na casa da família em Osasco para um evento a trabalho. Ele havia marcado para disputar um amistoso na manhã deste sábado entre veteranos do São Paulo e um time de Osasco. O ex-lateral morava em Presidente Bernardes, onde trabalhava na Secretaria de Esportes. Zé Carlos deixa dois filhos: Lucas, de 16, e Izabely, de 8 anos. Ele completaria 57 anos no próximo dia 11 de novembro.
DA SÉRIE A2 À COPA DO MUNDO
O ano era 1997. Zé Carlos já com seus 30 anos de idade foi um dos destaques da Matonense comandada por Luiz Carlos Martins, o “Rei do Acesso”, na campanha que levou a Sema (Sociedade Esportiva Matonense) ao título da Série A2 e à elite do futebol paulista. O futebol do lateral-direito chamou a atenção do São Paulo, que acertou a contratação de Zé Carlos ainda em 97.
Na temporada seguinte, ele teve boas atuações com o Tricolor do Morumbi e com os olhares de Zagallo foi convocado para Copa da França. A lateral-direita do Brasil naquele Mundial era ocupada por Cafu, porém o lateral que quatro anos mais tarde viria a se tornar o capitão do Penta foi suspenso por tomar o terceiro amarelo no duelo contra a Dinamarca nas quartas e não pôde jogar a semifinal contra a Holanda. Zé Carlos assumiu a responsabilidade e foi o titular da Seleção em um dos jogos mais memoráveis da história das Copas. O Brasil venceu a Holanda nos pênaltis.