O cinema-catástrofe foi um subgênero dos filmes de aventura e ação que tiveram muito êxito nas décadas de 70 e 80, gerando uma série de filmes sobre tragédias em tom misto de drama e muito suspense. Inferno na Torre (Towering Inferno) foi um dos maiores exemplares deste tipo de filme, produzido em 1974 e dirigido por John Guillermin trazia um elenco de astros para contar a história de um grande incêndio de um edifício em sua noite de inauguração. O chefe dos bombeiros (Steve McQueen) esgotado de tanto serviço tem que juntar forças com o arquiteto responsável do projeto (Paul Newman) para salvar vidas, enquanto um corrupto (William Holden) tenta fugir da responsabilidade em meio ao pânico. Além dos três astros, o elenco contava ainda com Jennifer Jones, Faye Dunaway, Robert Wagner, Fred Astaire, Richard Charmberlain e Robert Vaughn. O filme foi campeão de bilheteria no ano e recebeu três dos oito Oscars que foi indicado. Curiosamente, no Brasil, no início do mesmo ano em 01 de Fevereiro, o Edifício Joelma ardeu em chamas no centro de São Paulo levando à morte 188 pessoas, e serviu de inspiração para o roteiro.
“Quando nossos ídolos morrem”
A finitude da vida é uma das poucas certezas humanas, e isso não reduz a angústia com sua vivência e nem traz serenidade absoluta quando da sua ocorrência. A vida se renova constantemente, e as dores das saudades se misturam com a felicidade dos nascimentos e prosseguimos. O último ano foi impactante na vivência da morte por todos com os números elevados de perdas pela pandemia, e muitas pessoas queridas se foram. Artistas e celebridades falecem a todo ano na ciranda natural da vida, no entanto, parece que em um pequeno espaço de tempo, perdemos muita gente que era próxima de todos: os artistas populares das telenovelas. A morte de Tarcísio Meira foi emblemática porque ele era simplesmente o maior galã e ator de novelas do país de todos os tempos (mesmo que tenhamos outros preferidos, a sua relevância é inegável para a história da teledramaturgia). Com a morte de Tarcísio Meira, choramos junto com Glória Menezes como alguém querido da família e que não veremos mais nas telas coloridas da TV em suas participações das novelas. Contudo, a obra é imortal e os diversos Tarcísios Meiras permanecerão na memória e nos registros das cenas de suas múltiplas participações: a obra de Tarcísio Meira é imortal, e seguem vivos João Coragem, Antônio Dias, Capitão Rodrigo, Imperador Dom Pedro I, Juca Pitanga, Renato Villar, Raul Pellegrini, Dom Jerônimo, Vampiro Bóris e tantos outros. Desta forma, é possível dizer que os grandes nomes da arte poderão não ser conhecidos ou lembrados por todas as pessoas das novas gerações, mas estarão disponíveis para os que buscam cultura e história. Tarcísio Meira juntou-se a companheiros que recentemente se foram como Paulo José, Ruth de Souza e Eva Wilma (mortos por outras causas), e vítimas da Covid como Nicette Bruno, Eduardo Galvão, Paulo Gustavo, João Acaiabe, Gésio Amadeu, Dayse Lúcidi, Agnaldo Timóteo, Carlos José, Parrerito, Antônio Bivar e Aldir Blanc entre outros.
Dica da Semana
TV por Assinatura
Tarcísio Meira no Globoplay:
Várias novelas de Tarcísio Meira estão na íntegra no Globoplay: “Roda de Fogo” (86), “Rei do Gado” (96), “Torre de Babel” (98), “Senhora do Destino” (2004), “A Favorita” (2008), “Lei do Amor” (2016), “Orgulho e Paixão” (2018). Torcendo para vir as mais antigas: “Irmãos Coragem” (1970), “Coração Alado” (1980), “Brilhante” (1981), “Guerra dos Sexo” (1983) dentre outras.