No domingo, este diário trouxe uma realidade importante para a comunidade: a situação financeira do Hospital de Esperança de Presidente Prudente. Uma instituição que hoje tem um papel fundamental para pacientes oncológicos da cidade e região, referência em tratamentos, com instalação e ocupação modernas, quadro clínico com nomes de profissionais respeitados, mas que, infelizmente, se encontra no vermelho.
Como noticiado neste impresso, em junho de 2021, a Portaria 690, do Ministério da Saúde, que habilitou o Hospital de Esperança como uma Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia), no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), trouxe esperança de dias melhores, assim como diz o próprio nome da instituição. No entanto, atualmente, a receita bruta mensal de R$ 1.904.112,98 traz um alerta para toda população, uma vez que o valor está aquém das despesas mensais, que giram em torno de R$ 4.082.740,17. Atualmente, da receita bruta do hospital, apenas os R$ 743.112,98 repassados pelo Ministério da Saúde são considerados fixos. Mas, a unidade especializada em oncologia também conta com algumas receitas variáveis como o telemarketing (R$ 230 mil), títulos de capitalização em modalidade filantropia premiável (R$ 900 mil), estacionamento (R$ 25 mil) e loja (R$ 6 mil). Mensalmente, portanto, o hospital conta com uma receita de R$ 1.904.112,98. Já as despesas estão em outro patamar e distante do montante arrecadado. Isso porque o demonstrativo do hospital mostra que, atualmente, ele tem como custos diretos o serviço hospitalar (R$ 2.232.500,00), a manutenção de equipamentos hospitalares (R$ 77.310,17), salários e encargos (R$ 1.270.000,00), além de contar com outros custos indiretos (R$ 502.930,00). Desta forma, o déficit que colocou o hospital no vermelho chega a R$ 2.178.627,149.
Os números mostram e provam a dificuldade enfrentada pela instituição. E, algo tão essencial, que já trouxe tanta cura e esperança para tantas famílias. Os olhos de toda comunidade e das autoridades precisam ser elevados para esta situação alarmante. É uma luta desde 2009, com a colaboração de muitas pessoas em geral. É preciso continuar crescendo e trabalhando em prol da comunidade prudentina e de toda a região. Aliás, todos os prefeitos ao redor precisam se atentar para este cenário, já que o local é utilizado por todos. É hora de união para fazer com que esta situação seja revertida e vencida o mais rápido possível.