Desde a criação em Presidente Prudente, há dez anos, o Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar participou de 4.256 ocorrências, que totalizam aproximadamente 2.964,73 horas de voo. De dentro da aeronave, a visão privilegiada da região oeste do Estado permite que os policiais atuem de forma a combater a criminalidade e também a salvar vidas – missões que contribuem para manter os baixos índices criminais nos 67 municípios alcançados pelo CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior).
Atualmente, o hangar regional encontra-se nas dependências do Aeroporto de Presidente Prudente. É de lá que o famoso Helicóptero Águia (AS 350 Esquilo B2) levanta voo para cumprir com as missões a qual os policiais são submetidos. Dentro dele, embarcam quatro policiais, sendo dois pilotos, um comandante do helicóptero, e outro comandante de operações ou copiloto, além de mais dois tripulantes operacionais. A equipe também conta com mecânicos especializados que realizam desde pequenas intervenções emergenciais a inspeções obrigatórias.
De acordo com a Polícia Militar, a aeronave presta apoio às viaturas terrestres, através do chamado via Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) ou por rede rádio, quando há a necessidade de apoio em ações de segurança pública. A “visão de cima” possibilita acompanhar veículos em fuga, por exemplo, ou pessoas que estejam tentando se esconder de eventual abordagem. Além destas ocorrências, o trabalho permite o combate a incêndios e o salvamento de pessoas, seja aquático, terrestre, ou em local de difícil acesso. Para estas tarefas, conta com o auxílio de equipamentos especiais.
A reportagem esteve no hangar da Base de Radiopatrulha e conheceu os equipamentos utilizados pelos policiais nas operações aéreas. O conhecido cesto de salvamento, conforme a polícia, é o equipamento para a retirada de pessoas de local de risco de incêndio ou alagamento. “Sua característica é de poder retirar mais de uma vítima por vez”, afirma. Já o puçá foi feito para salvamento aquático no litoral. Diferentemente do primeiro, retira uma vítima e um guarda-vidas por vez.
Por sua vez, a maca de montanha é utilizada para retirar vítimas feridas, sem condições de locomoção, imobilizadas ou desacordadas. O bambi bucket é um equipamento para auxiliar o Corpo de Bombeiros em incêndio, principalmente no período atual – estiagem, quando as ocorrências são mais frequentes. De acordo com a polícia, a capacidade é de lançar até 545 litros de água num ponto onde seja necessário.
Além dos equipamentos, também há uma manobra importante no salvamento de pessoas: a exfiltração pelo gancho, realizada para retirar vítima através do procedimento de cordas com o rapel e o mac guire, podendo retirar uma por vez, porém com uma altura de até 50 metros.
Além das tradicionais missões de resgate, a equipe aérea foi responsável por tirar de circulação 16.344,91 kg de maconha e 97.776 kg de crack/cocaína que passaram pela região na última década.
Dados de março/2010 a junho/2020 |
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Horas voadas |
2.964,73 |
Missões |
4256 |
Pessoas detidas |
848 |
Armas apreendidas |
131 |
Entorpecentes apreendidos kg (maconha) |
16.344,91 |
Entorpecentes apreendidos kg (crack/cocaína) |
97.776 |
Veículos localizados |
271 |
Fonte: Polícia Militar |