Um filme de guerra, dirigido por Ridley Scott e com trilha sonora de Hanz Zimmer teria como dar errado? A resposta é não. Com um elenco incrível e retratando uma realidade brutal, o longa foi uma grata surpresa, quando eu achava que já tinha visto todos os filmes bons do gênero.
Scott é um especialista em dirigir grandes superproduções com bastante versatilidade de temas. Aqui ele consegue sustentar um incrível nível de tensão em pelo menos dois terços da obra. Faz tudo o que a gramática do gênero pede e oferece: com a câmera nas mãos, sempre tremulando, mapeia todo o caos do campo de batalha em meio a tiros sem origem certa, explosões ensurdecedoras e pedaços de corpos espalhados pelas ruas.
O ritmo frenético das cenas de ação leva o expectador a perder o folego. Vemos a figura do soldado estadunidense não como um combatente do caos, mas como um de seus partícipes.
A mensagem que me deixou foi que muitas vidas são perdidas em uma "batalha inútil", uma vez que um conflito que foi iniciado nos anos 90 era para ter durado apenas algumas semanas, nunca teve um fim e milhões de Somalis perecem até hoje. Vale a pena assistir.
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