“Estar nos Jogos Olímpicos é uma emoção muito grande, uma honra representar o país”

SINOMAR CALMONA

Mateus Saito, médico na Olimpíada

COLUNA - Sinomar

Data 25/07/2024
Horário 05:15

O ortopedista Mateus Saito, 48 anos, é um dos médicos convocados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), para as Olimpíadas de Paris. Natural de Presidente Prudente, filho de d. Dalva Yoshimura Saito e Luis Saito – da oficina Saito - morou na Vila Maristela, estudou no Colégio Cristo Rei e no Anglo Prudentino. Em sua adolescência, frequentava a Apea e a Acae (Associação Cultural, Agrícola e Esportiva), onde o irmão jogava beisebol. Cursou Medicina na USP (Universidade de São Paulo). Especializou-se em Ortopedia e cirurgia de mão e faz parte da equipe do Vita Ortopedia, rede Premium de São Paulo. Hoje opera em grandes hospitais de São Paulo, como Sírio Libanês e Albert Einsten. 

O que o inspirou a escolher a área de ortopedia e, especificamente, a especialização em mão?
Durante a faculdade gostava de várias áreas da medicina, mas a ortopedia me fascinou por ser objetiva, ajudar as pessoas a se locomoverem. Dentro da ortopedia sempre me interessei pelos detalhes. A cirurgia da mão é a especialidade que cuida de mais detalhes. Se o ortopedista é o marceneiro dos médicos, o especialista em mãos é o relojoeiro dos médicos. É assim que me sinto ao operar, como se consertasse um relógio.

Como foi o processo de convocação para atuar como médico nas Olimpíadas de Paris?
O processo vem da atuação em confederações, que faço desde 2009. Nesses eventos o comitê observa o seu trabalho, aumentando a chance de ser convocado. Foi um processo de fazer um bom trabalho, ser reconhecido, abraçar as oportunidades. Estou no meu quarto ciclo olímpico, muito feliz por contribuir para o esporte brasileiro.

Qual é o papel de um médico nas Olimpíadas? Quais são suas principais responsabilidades?
Tenho que receber o histórico dos pacientes, de toda comissão técnica, saber o que cada um tem, e zelar para colocá-los na melhor condição possível para competir. Existe uma fase de aclimatação, preparação para esse evento, e depois é feita toda preparação para o evento em si. Geralmente fico com os fisioterapeutas, massoterapeutas e nutricionistas, checando todo tipo de medicamento, adaptação aos treinos e cuidando para que os atletas não adoeçam, orientando quanto à higiene das mãos, tipos de alimentos, hidratação, etc.


“Ortopedista é o marceneiro dos médicos, o especialista em mãos é o relojoeiro dos médicos. É assim que me sinto ao operar, como se consertasse um relógio.”
 

Como é a estrutura médica disponível para os médicos voluntários nas Olimpíadas?
O Comitê Olímpico veio com 11 médicos, equipamentos e logística – transportados em containers para a subsede de Paris, Marselle e Taiti. Toda operação vem sendo feita há dois anos, mas boa parte do que fazemos já foi testado no Pan de Santiago. Vários franceses e europeus nos ajudam na Policlínica, onde os especialistas atendem.

Como funciona a escala de trabalho e a atuação diária durante os jogos?
Existe uma escala feita para cobrir os esportes com maior chance de lesão, ou aqueles que têm mais chance de medalha, e uma escala define os médicos que vão trabalhar em cada evento. Hoje estou comprometido com uma modalidade. Vou acompanhar ou fico de plantão na Vila Olímpica. Cobrimos os esportes que têm mais chance de lesão ou lesão grave. 

O que significa para você participar de uma Olimpíada? É possível traduzir essa vivência em palavras?
Estar nos Jogos Olímpicos é uma emoção muito grande, uma honra representar o país. É um reconhecimento de um trabalho bem feito ao longo dos anos. É participar de um imenso laboratório, como se fosse um congresso multidisciplinar, onde podemos estar em contato com os melhores do mundo em diferentes áreas, trocando conhecimento com outros profissionais e médicos locais. É um grande momento de atualização, num laboratório onde podemos melhorar nossa prática do dia a dia. As inovações que são criadas para atletas de alto rendimento, depois vão melhorar a vida dos pacientes do dia a dia.

Como você se mantém atualizado e aprimora suas habilidades na área de ortopedia e medicina esportiva?
Hoje está muito mais fácil se aprimorar na ortopedia. Estudo bastante e participo de muitos congressos, oportunidade de encontrar os colegas e se atualizar, além de participar dessa imersão em grandes eventos.  Aperfeiçoo minha medicina lendo, assistindo, participando de congressos e grandes eventos.

“Estar nos Jogos Olímpicos é participar de um imenso laboratório, como sefosse um congresso multidisciplinar, onde podemos estar em contato com os melhores do mundo em diferentes áreas”

RAPIDINHAS
...
Hoje é o Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e dos viajantes.
...
Gordura: fácil de armazenar e difícil de queimar.
...
Amigos e clientes da Rocha Motors já estão pedindo a Alexandre Rocha uma nova edição do Encontro de Super Máquinas, realizado no último sábado, no Euromarket. Foi um grande sucesso!
...
Reduzir a quantidade de lixo está ao alcance de todos nós e é uma meta a ser perseguida.
...
“ArraiAU!” o 2º Encontro de Raças do Parque Shopping está chegando. Será neste sábado, 27 de julho, das 14h às 16h, no Espaço Pet do Parque Shopping Prudente.
...
O “ArraiAU!” vai oferecer atividades divertidas pra cachorro, como dica de adestramento e apresentação pet, presença da Patrulha Canina, distribuição de brindes, desfile pet , orientações e cuidados de saúde animal!
... 
No Brasil, 96% das embalagens de alumínio são recicladas.
...
Ponto final: Poucos pra ajudar, vários pra atrasar.

Publicidade

Veja também