ESG, governança corporativa e compliance: cada vez mais presentes

OPINIÃO - Fernando Batistuzo

Data 15/08/2023
Horário 05:00

Por conhecer o tema do título e atuar profissionalmente com seus elementos há alguns anos, há pouco mais de um ano, dedicando-me a difundir a temática em nossa cidade e região, tenho escrito quinzenalmente sobre esse – dentre outros – assunto neste espaço que gentilmente me é concedido, e o primeiro artigo foi “ESG – Os gestores ainda vão ouvir falar muito e vão adotar”.
Transcorrido este período, será que os empresários da região passaram a conhecer e adotar aqueles elementos em suas empresas?
Tenho percebido certa movimentação ocorrendo por aqui no que tange ao meio ambiente (a letra “E” – environment” – do ESG) e ao agronegócio, que é uma das nossas vocações.
Mas em comparação a outras regiões, que cada vez mais querem se aproximar do interior para negócios, entendo que as empresas em geral da região poderiam estar em estágio já mais avançado de conhecimento e realização, sendo necessária uma aceleração.
Na semana retrasada, durante três dias inteiros e intensos, participei em São Paulo de dois grandiosos eventos sobre o tema, o “Governança 360” do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) – instituto de maior referência em Governança Corporativa do Brasil -, e a “Expo Compliance 2023”, o “maior e principal evento de ética corporativa do Brasil e das américas”, sendo que ambos eventos reuniram dezenas de palestrantes nacionais e estrangeiros de algumas das maiores empresas do mundo com atuação em nosso país, e, centenas de participantes de todo o Brasil e dos mais variados setores: segurança digital, recursos humanos, tecnologia da informação, inteligência artificial, gerencialmente de riscos, jurídico, meio ambiente, administração, dentre outros.
A participação me trouxe um conhecimento enorme sobre vários temas, mas comprovei como aqui no interior ainda estamos muito longe da realidade de outros centros e como nos poderá custar muito caro – ao nosso desenvolvimento – esta distância de entendimento sobre a temática ESG.
Há um “exército” de gestores e profissionais Brasil afora que tem levado muito a sério o tema porque entendem(ram) que para haver desenvolvimento não há mais espaço para “jeitinhos” na condução das organizações, e que os riscos de perdas patrimoniais e reputacionais são grandes e as cercam por todos os lados.
Assuntos como responsabilidade dos gestores, LGPD, due dilligence, fraudes, investigações corporativas, segurança da informação, gerenciamento de riscos, valor reputacional, emergência climática, integridade, corrupção, e tantos outros, estão na pauta diária das organizações com intensa dedicação de todos os envolvidos, cenário que não é o da nossa região.
Portanto, e lembrando do artigo de um ano atrás, é realmente necessário que os gestores daqui conheçam, abordem e concretizem estes assuntos, colocando nossa região no mesmo avançado patamar de outras.
 

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