Nesta segunda-feira, após fiscalização da Polícia Ambiental em uma residência em Salmourão, um homem de 59 anos foi autuado em R$ 15 mil por manter aves silvestres em cativeiro e promover a prática de maus-tratos a galos.
De acordo com a Polícia Ambiental, uma equipe da corporação, durante patrulhamento, avistou 18 gaiolas na lateral de uma residência no Jardim Guanabara com aves silvestres em cativeiro.
Os policiais entraram em contato com o morador, que informou não possuir autorização, tampouco ser criador amadorista de passeriformes. Dando sequência na fiscalização, os agentes ambientais também encontraram nos fundos da casa um galinheiro com dois galos com ferimentos no bico, cabeça e com as esporas cortadas. Segundo a polícia, os ferimentos sinalizavam que os animais haviam sido utilizados em rinha de galo.
No total, 18 aves foram apreendidas: três tico-ticos, um caboclinho, dois tizius, quatro coleirinhos, três canários-da-terra, um galo de campina, um azulão, dois tico-ticos-rei e um bigodinho.
Diante dos fatos, os policiais elaboraram dois autos de infração ambiental ao dono da residência, sendo um no valor de R$ 9 mil por ter em cativeiro espécimes da fauna silvestre sem licença da autoridade competente, incorrendo no disposto do artigo 25, parágrafo 3⁰, inciso III da Resolução Sima (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente) nº 005/21, e outro no valor de R$ 6 mil por praticar atos de maus-tratos, conforme disposto do artigo 29 da Resolução Sima005/21.
Ao todo, as multas chegaram a R$ 15 mil. O envolvido irá responder criminalmente, conforme os artigos 29 e 32 da Lei Federal 9.605/98.
Conforme indica a Polícia Ambiental, as aves silvestres foram reintroduzidas ao habitat natural devido apresentarem sinais de estado bravio e os galos apreendidos foram depositados com o infrator pela falta de local para destinação.
Foto: Polícia Ambiental
Agentes localizaram galos com ferimentos no bico, cabeça e com as esporas cortadas