O jovem prudentino, Thiago Shizido, 16 anos, está atuando num clube de futebol do Japão. A reportagem de O Imparcial conversou recentemente com a mãe dele, Renata Shizido, sobre a trajetória do filho no futebol jogado na terra do sol nascente.
Ela conta que desde muito cedo o filho joga bola. O garoto começou, ainda em Presidente Prudente, no Colégio Presbiteriano e na Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos) e sempre sonhou em ser jogador. “Aqui [no Japão] ele joga informalmente com os amigos e na escola japonesa em torneios”, conta a mãe do jovem jogador.
Segundo ela, a ida de Thiago para o Yukawa se deu através de uma “peneira” em meados de março. “O time recentemente conseguiu uma vaga em uma liga no Japão e procurava por um elenco forte e determinado para competições futuras, que iniciam agora em abril”, indica.
Questionada sobre a recepção de brasileiro no futebol do Japão, Renata indicou que os brasileiros são muito bem recebidos, e que os nipônicos dizem querer aprender a ginga e a forma que os brasileiros jogam:
“O Thiago na escola joga num time onde só dois são brasileiros e vive ensinando dribles e truques. Nos times do futebol do Japão tem muitos jogadores brasileiros e é muito legal ver os japas com camisas com os nomes deles nas costas”, cita Renata, ao relembrar o Jubilo Iwata, time que está na 2ª divisão do futebol japonês e tem alguns brasileiros.
“Ele é do ‘bando de loucos’, corinthiano, influenciado pelo avô e pelo bisavô, que desde que Thiago nasceu, renova os uniformes do Corinthians pra ele. Ele acompanha tudo daqui, torce, chora, vibra com cada conquista e sonha em um dia jogar profissionalmente também”, confidencia a mãe do garoto.
Renata diz que Thiago joga em várias posições, mas atualmente atua como meia-atacante. “Estamos descobrindo o Yukawa. O time começou agora e tem muitos desafios pela frente, mas apoia integramente os jogadores, tanto dentro quanto fora de campo”, realçou.
Segundo Renata, morar na terra do sol nascente é “bom demais”, mas a saudade da terra natal aperta o peito. “O país nos oferece oportunidades que não teríamos em outro lugar, temos segurança e nossos filhos podem ter um futuro melhor que o nosso. A saudade é realmente a pior parte. Desde que viemos há seis anos e alguns meses já perdemos muita coisa, sobrinhos nascendo, pessoas amadas que se foram e não nos despedimos, não é fácil, mas é a escolha que fizemos por nossos filhos”, finaliza.
