O diretor Douglas Sirk foi um mestre do melodrama Hollywoodiano da década de 1950 com clássicos como “Sublime Obsessão” (1954), “Tudo que o Céu Permite” (1955) e “Imitação da Vida” (1959). “Chamas que Não se Apagam” (There´s Always Tomorrow) de 1956 é um dos seus títulos mais subestimados, mas não menos grandioso. Clifford (Fred MacMurray) é um californiano de meia-idade que tem uma chamada vida ideal: bem-sucedido na vida profissional, com uma esposa que é uma perfeita dona-de-casa (Joan Bennett) e mãe de três filhos. Contudo, a rotina monótona e o tédio preenchem seus dias, e ele se sente incompleto, e tudo isto fica mais evidente quando ele recebe a visita de Norma (Barbara Stanwyck), uma antiga paixão de juventude, que vem abalar sua vida e seus sentimentos. Quando a família passa a desconfiar que eles estão de caso, eles têm que tomar a difícil decisão de escolher qual caminho seguir. Barbara Stanwyck brilha como sempre e o produto final, pode parecer careta aos olhos de hoje, mas é um retrato típico da vida americana dos anos 50.
“Histórias Prudentinas Parte 8 – as escolas de samba”
O corso carnavalesco era uma das primeiras formas de manifestação da alegria popular do Reinado de Momo em tempos antigos: nada mais, do que o desfile de carros, geralmente abertos e ornamentados pelas ruas da cidade, com seus ocupantes fantasiados jogando confete e serpentina e até mesmo jatos de lança-perfume numa disputa considerada à época sadia e divertida. Segundo o estudioso Euclides Marinheiros dos Santos, as escolas de samba de Presidente Prudente tiveram início no final da década de 1950 com a criação da Bico de Ouro, a pioneira das escolas, criada na Vila Verinha. O nome da escola foi sugerindo pela lavadeira Dona Nestina, em homenagem ao sambista José Fontes, o Bunga, que vivia assoviando e sua mãe dizia que ele tinha um bico de ouro. A própria Vila Verinha também foi o berço de outra escola, existente até hoje, criada em 1971: a Independentes da Zona Leste (anteriormente chamada de Dente de Leite e Mandrakes). Os desfiles das escolas de samba organizados pela Prefeitura, como forma de incentivo popular à cultura, tiveram início em 1973, durante o governo do prefeito Walter Lemes Soares e nas décadas de 1970 e 1980 tiveram seu auge com diversas agremiações além das citadas: Malacos do Tênis, Unidos do Jardim Paulista, Garotos da Vila Dubus, Saudosa Mangueira, Unidos do Bosque, Agricolinos do Samba (Colégio Agrícola), Vila Brasil, União da Vila, Águia Dourada, Dragões da Vila Liberdade, Se Sair é Milagre, 14 Bis, Tradição Cidade 2000, Renascer, Imperador do Brasil Novo, Real Grandeza, Real Sereno e Unidos do Quem Vier. Os desfiles já aconteceram em diversas avenidas da cidade, mas seu palco mais constante foi na Avenida 14 de Setembro no Parque do Povo. O patrocínio municipal foi rareando com o tempo, chegando a ser extinto nos anos 90, retomado no governo Milton Mello Tupã, e desativado a partir do governo Nelson Bugalho. As próprias festas carnavalescas dos clubes foram minguando com o passar do tempo, e até à década de 1990 era impensável para um prudentino não frequentar uma das duas matinês ou das quatro noites de carnaval da Apea, Tênis, Ipanema e San Fernando. O carnaval popular foi sediado durante muitos anos no PUM (Parque de Uso Múltiplo) e houve um esboço de reativação recente às margens do Balneário da Amizade. Tudo virou história.
Dica da Semana
Televisão
“Paraíso Tropical” - reprise:
O Vale a Pena Ver de Novo da Rede Globo às 17h traz de volta um dos grandes sucessos do autor Gilberto Braga exibida em 2007. Vale a pena rever o trabalho de atores falecidos que podem ser descobertos por novos públicos: Daisy Lúcidi (a sogra encrenqueira Iracema), Nildo Parente (O porteiro Pacífico), Hugo Carvana (Belisário Cavalcanti, um falido bon-vivant) e Yoná Magalhães, belíssima como a ex-vedete Virgínia Batista.