A gripe não é igual a um resfriado comum. É muito perigosa e de alta transmissibilidade. Seus sintomas são bem mais intensos e podem evoluir para uma pneumonia. Além de mais forte, o vírus influenza passa por muitas mutações. É por isso que a vacina é reformulada anualmente e, todos os anos, devemos comparecer uma unidade de saúde para se imunizar.
O problema é que, entra ano, sai ano, e a situação não muda. Ou até piora. A cobertura vacinal no país está cada vez mais baixa. As campanhas sempre precisam ser prorrogadas e, mesmo assim, ficam longe de atingirem a meta.
Conforme matéria divulgada neste jornal no fim de semana, desde quando teve início a ação, em abril, até o último dia 3, o Estado de São Paulo só vacinou 48,4% do grupo prioritário contra a gripe, bem distante de bater a meta de 90%. No ano passado, neste mesmo período, 63,6% já tinham se vacinado.
Até o fim deste mês, podem receber a vacina na rede pública todas as pessoas com mais de 6 meses de idade, e não só as do grupo prioritário, formado por crianças de 6 meses a 6 anos, gestantes, puérperas, pessoas com 60 anos ou mais, povos indígenas, professores e trabalhadores da saúde.
Para se imunizar, basta estar com a caderneta de vacina em mãos. Além do tradicional Dia D, diversas ações têm sido realizadas em Presidente Prudente, na tentativa de ampliar o número de vacinados. Antes das férias mesmo, teve início o projeto "Vacina nas Escolas", promovido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). A ação garantiu a aplicação de 1.333 doses contra a gripe entre alunos, pais ou responsáveis e profissionais das unidades de ensino.
Ontem pela manhã, com o intuito de imunizar as pessoas que estão em seus ambientes e trabalho e concluir a ação no quadrilátero central, a Prefeitura levou a vacina contra gripe ao Shopping Vila Romana. A iniciativa de levar as doses para a área do comércio foi realizada na última semana, resultando em 496 pessoas imunizadas. Tudo é válido.
A campanha vem sendo amplamente divulgada nestes quatro meses. Só na cidade de Prudente, 28 salas oferecem a vacina. Fora os eventos aos finais de semana e ações itinerantes que vêm sendo realizadas no sentido de ampliar cobertura. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a vacina é segura e não oferece nenhum risco. Aliás, as reações são bem leves: dor no local e, às vezes, febre. Não tem desculpa. O cenário preocupa. Vacine-se para se proteger, cuidar de quem você ama e também aos demais!
