Caso Eraldo: como prevenir práticas criminosas 

OPINIÃO - Wilson Kunze

Data 21/09/2024
Horário 04:30

Eraldo, 38 anos, casado e pai de um filho, tem uma trajetória marcada por altos e baixos. Oriundo de uma família tradicional que perdeu seu patrimônio devido a decisões desastrosas de seu pai, ele conseguiu reconstruir sua vida. Formado em Agronomia, Eraldo trabalha há dez anos como administrador de fazendas de um grande grupo empresarial, onde ganha um salário fixo, comissões e leva uma vida confortável. No entanto, recentes desconfianças de seu empregador, Sr. Guilherme, revelaram indícios de desvio de mercadorias e enriquecimento ilícito.
O caso começou quando o tabelião da cidade comentou que Eraldo estava adquirindo imóveis de alto padrão, o que levantou suspeitas sobre a origem de seu dinheiro. A investigação de Guilherme revelou que caminhões da fazenda estavam sendo usados para entregar produtos em nome de terceiros, especificamente o cunhado de Eraldo, sugerindo um esquema de desvio de mercadorias.
Casos como o de Eraldo são uma ameaça real para empresas, especialmente aquelas que dependem de grandes volumes de produtos. O desvio de mercadorias não só impacta financeiramente, mas também mina a confiança e a integridade do ambiente de trabalho. No episódio 06 do Casos Empresariais Podcast, este caso foi amplamente debatido com a participação dos empresários Itamar Junior, da Soesp; Paulo Soares, da Vilage Marcas e Patentes; e Diego William, da Agência Kender. As discussões giraram em torno de como evitar que situações similares ocorram e quais medidas as empresas podem adotar para minimizar riscos.

Como as empresas podem se proteger?
É fundamental estabelecer controles internos rigorosos. No caso de Eraldo, o esquema foi descoberto com a conferência de dados de transporte e estoque, reforçando a importância de auditorias regulares e uso de tecnologias para cruzar informações em tempo real.
A transparência nos processos é essencial. Políticas de conformidade (compliance) ajudam a evitar comportamentos inadequados. A empresa também deveria ter notado sinais de riqueza fora do padrão de seus funcionários, como as justificativas de Eraldo sobre ganhos em bitcoins.
Segregar funções, como transporte e venda, diminui a chance de fraude. Além disso, o monitoramento por GPS e câmeras em áreas estratégicas melhora o controle.
Por fim, é vital promover uma cultura de ética, com canais de denúncia confidenciais e treinamentos sobre integridade, garantindo que problemas sejam detectados rapidamente.
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