Ao final do encontro na Band Paulista, a reportagem de O Imparcial questionou os participantes do primeiro debate entre os candidatos ao Executivo prudentino sobre a avaliação de cada um a respeito do debate.
Ed Thomas demonstrou descontentamento. “Eu gostaria que tivesse sido um debate e não um embate, não é verdade? [Gostaria] que a gente pudesse apresentar propostas e pudesse falar daquilo que nós realizamos, da nossa obrigação de fazer e daquilo que a gente pode fazer se reeleito, mas, infelizmente, caminhou para situações de ofensas e de diminuição”, pontuou o atual prefeito e candidato à reeleição pelo MDB.
Josué Macedo, do Psol, também se mostrou descontente com o “nível do debate”, mas disse que a situação deixou visível a diferença entre os candidatos. “Isso daqui não é um circo, um picadeiro, não é um concurso de quem fala mais, de quem grita mais, de quem acusa mais. Infelizmente, o tempo não é propício para que você mostre todo o seu programa. Nós temos um programa registrado na Justiça [Eleitoral] que aborda todos os segmentos da sociedade, então, isso, infelizmente, não é possível. Aqui, nós fizemos uma síntese disso, mas, infelizmente, partiu para baixaria, acusações pessoais e isso não leva a nada”, expôs Macedo.
Mauro César, do Novo, por sua vez, falou que é a única pessoa possível para assumir o cargo e ressaltou que sua expectativa foi atingida com sucesso nesta primeira oportunidade de debate. “É o primeiro embate, é o primeiro momento. Os candidatos tentam se apresentar para a população, mas são fósforos queimados. São pessoas que representam tudo de ruim para Prudente e eu me apresento como a única solução para poder administrar Prudente. Infelizmente, tivemos alguns discursos mais afetados, mas vocês conhecem estes atores”, disse o representante do Novo ao parabenizar a Band Paulista, criticar Tupã pela falta no encontro e, por fim, dizer que irá combater o suposto comunismo em Presidente Prudente.
Paulo Lima, do PSB, mostrou-se satisfeito ao final do encontro. “Olha, foi muito importante a gente debater, discutir programas e planos de governo. Eu e o Fábio Sato [vice de Paulo Lima] estamos prontos para trabalhar por Presidente Prudente, para as famílias mais carentes, para a classe média, para o comércio, indústria e para geração de empregos”, pontuou o candidato ao ressaltar que é um gestor competente e que o debate é fundamental para concretizar a democracia.
Nilton Miranda, do PDT, explicou o “L” na mão esquerda ao longo de quase 1h30 de debate. “Você sabe: nós somos de esquerda. Eu assumo Lula [PT] porque aqui é o bom, o belo, o justo e aqui é a verdade”, pontuou Miranda, que também explicou a “arminha” na mão direita. “Tudo mundo sabe que aqui é o feio, o falso e o injusto. E está aí dois mandatos de direita e tudo mundo que estava assistindo hoje [quinta-feira] viu o tanto de ‘roubo’ que está debaixo deste tapete”, disparou o candidato do PDT.
Por fim, o diretor-executivo da Band Paulista, o jornalista Rodrigo Salomon, avaliou o debate na emissora como satisfatório e norteador do tom das campanhas até o dia 6 de outubro, data do pleito que irá eleger prefeito e vereadores nos municípios de todo Brasil. “Foi um debate quente, é bem verdade, mas cabe agora ao eleitor a partir daquilo que foi apresentado avaliar a melhor proposta e quem são aqueles candidatos a melhor representar os eleitores do município”.
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