O personagem Carlos Bronco Dinossauro criado por Ronald Golias já apareceu em vários programas de TV, como “Família Trapo” (67), “Record”, “A Praça da Alegria” e “Super Bronco” (79), na Globo, mas fez muito sucesso mesmo na série “Bronco”, exibida pela TV Bandeirantes aos sábados à noite, a partir de 1987. A série se baseava nas trapalhadas de Carlos Bronco Dinossauro (Golias), um malandro enrolado que vive às custas das irmãs Vesúvia (Nair Bello) e Helena (Renata Fronzi). Sem trabalhar, vive aplicando golpes nos inquilinos, principalmente em Salomão (Felipe Levy), ao lado de seu amigo Chacal (Anselmo Vasconcellos). O elenco marcou a estreia da apresentadora Sandra Annemberg como atriz, ao lado de nomes como Walter Breda, Yara Marques e Laerte Morrone. O programa se estendeu até 1990, e foi reprisado por diversas vezes.
“DPOC em idosos”
As DPOCs (Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas) correspondem a um grupo de doenças pulmonares, particularmente bronquite e enfisema pulmonar, que são bastante frequentes nos idosos, no entanto, muito mal diagnosticadas. Cerca de 80% de seus portadores ignoram tê-la, e muitos que recebem tratamento, ignoram sua gravidade. As DPOC se caracterizam por sintomas respiratórios crônicos devido a anormalidades das vias aéreas, que causam obstrução do fluxo aéreo persistente e frequentemente progressiva. Para se diagnosticar o DPOC em um paciente, o mesmo deve ter: 1) Sintomas respiratórios como falta de ar ou intolerância aos esforços e tosse com ou sem expectoração; 2) História de exposição a longo prazos a gases ou fumaça tóxica que, na maioria dos casos, é a fumaça do cigarro, mas queima ambiental ou exposição ocupacional a partículas também podem ser implicadas na sua origem. 3) Obstrução ao fluxo aéreo não completamente reversível caracterizada por alterações específicas nos exames de espirometria ou provas de ventilação pulmonar. Como os próprios pacientes demoram a procurar a atenção médica, pois os sintomas aparecem de forma insidiosa e evoluem em anos, muitas vezes, são atribuídos ao próprio envelhecimento ou ao sedentarismo. Em idade avançada, devido às multimorbidades, esse diagnóstico sem sempre é fácil, pois outras doenças se confundem como sintomas cardíacos, sarcopenia (perda de massa muscular), depressão, e a própria fragilidade do idoso. A solicitação do exame espirometria é fundamental para que o diagnóstico possa ser estabelecido. É um exame simples, não invasivo e indolor onde o idoso respira forçosamente em um tudo acoplado a aparelhos que conseguem aferir volumes respiratórios específicos. A identificação da obstrução ao fluxo aéreo não totalmente reversível se dá pela avaliação da razão VEF / CVF < 0,70 (ou seja, o volume expiratório forçado no primeiro segundo é menor que a capacidade vital forçada, valores estes que são de interpretação médica. Os tratamentos das DPOC envolvem uma abordagem multidisciplinar combinado a medidas farmacológicas e intervenções não medicamentosas como reabilitação pulmonar e educação para os dispositivos inalatórios.
Dica da Semana
Livros
“Lupicínio – uma Biografia Musical”:
Autor: Arthur de Faria. Editora: Arquipélago Editorial. Biografia do grande compositor Lupicínio Rodrigues, desde sua infância na Ilhota em Porto Alegre até seus memoráveis encontros musicais com nomes como Tom Jobim, Elis Regina e Chico Buarque. A história de um compositor negro na época da Ditadura Vargas e os bastidores da criação de clássicos como “Vingança”, “Se Acaso Você Chegasse” e “Nervos de Aço”.
