É difícil ouvir a serviços gerais, Eriete Eufrásio da Silva Rocha Bazan, 48 anos, dizer que já se sentia sozinha antes dessa pandemia se instalar. E bom ouvi-la dizer que não pensou duas vezes em adotar Inoski. “Meu bebê de quatro patas é minha alegria em meio a tanta tristeza! Não posso sair de casa para nada, nem mesmo para trabalhar e o Inoskinho veio para me fazer feliz! Para me fazer companhia nessa vida tão solitária que levo. Ele está sempre ao meu lado. O tempo todo!”, exclama a serviços gerais.
Assim como Eriete, logo no comecinho da quarentena, com o objetivo de trazer mais vida para sua casa, a assistente social, Cristiana Miralha, 41 anos, que já tinha a Gatona resolveu adotar mais uma felina para alegrar a família. Ela que acompanha vários grupos de adoção de animais da cidade foi buscar a pequena Luna no CCZ.
“Estávamos muito desanimados em casa, então resolvi trazer mais uma agregadinha para nos fazer companhia. E tem sido maravilhoso. Ela deu alegria e contagiou todos se tornando o chameguinho da família. Meus filhos também são muito afetivos e isolados em casa o tempo todo, estão tendo cuidados e tarefas diários com ela [risos]”, expõe a assistente social.
Cedida: Gatona está se adaptando com a nova amiguinha Luna
Quando se pensa em adotar um animalzinho de estimação, a psicóloga Marly Fernandes Santos, da Clínica Ligare diz que vários fatores precisam ser levados em conta. Segundo ela, premissas básicas, mas de extrema importância. “Quando pensamos em adotar um animal, independente de qual espécie, precisamos fazer alguns questionamentos antes: quero adotar por mim ou porque todos têm um e eu não? É só um desejo momentâneo? Estou disposto a assumir a responsabilidade por esse ser? Afinal, estamos falando em assumir a responsabilidade por outra vida e esta não poderá ser descartada em caso de arrependimentos por atitudes precipitadas”, pontua a psicóloga.
Segundo Marly, são perguntas importantes porque, a partir do momento em que são levados para casa, esses animaizinhos farão parte da sua vida, será um membro a mais na família que dependerá de você sempre.
Outra pergunta importante a se fazer é se terá tempo e paciência para se dedicar a esse novo amigo. Existem animais que exigem mais que outros no dia a dia, alguns pedem mais carinho, outros são mais independentes. “Como pessoas mesmo”!
Além disso, é importante no momento da escolha levar em consideração a opinião dos outros moradores da mesma casa e se todos estão de acordo com essa adoção. “E sabemos que os animais são diferentes e que também possuem personalidades e necessidades diferentes, como nós seres humanos. Na hora da escolha do pet de estimação devemos levar em conta esses estilos diferentes, assim, a adaptação a essa nova relação se dará de maneira mais tranquila. Mas o essencial para uma boa escolha é pensar em sua personalidade e seu estilo de vida, assim, você e seu pet terão uma relação de muito carinho, segurança e afeto”, explica.
ANTES DE ADOTAR CONSIDERE:
* o tempo disponível que terá para esse novo ser, entre brincadeiras e passeios;
* a situação financeira disponibilizada para alimentação e higienização;
* espaço físico disponível na casa para melhor acolhê-lo;
* possíveis gastos veterinários com vacinas, consultas e medicações, e
* escolha um animal de acordo com seu perfil para não se sentir frustrado
“O essencial para uma boa escolha é pensar em sua personalidade e seu estilo de vida, assim, você e seu pet terão uma relação de muito carinho, segurança e afeto”