​​​​​​​Ato lembra morte de Luana Barbosa

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 30/06/2019
Horário 06:00
José Reis - Manifestação artística reuniu amigos, familiares e comunidade na Praça Nove de Julho
José Reis - Manifestação artística reuniu amigos, familiares e comunidade na Praça Nove de Julho

Na manhã de ontem, a Praça Nove de Julho, em Presidente Prudente, foi palco de uma manifestação artística em memória da atriz e produtora cultural, Luana Barbosa. Em 27 de junho de 2014, Luana morreu vítima do disparo de arma de fogo efetuado por um policial militar quando ela e o namorado passaram por uma blitz de trânsito na Avenida Joaquim Constantino. No encontro ocorrido no centro da cidade, familiares e amigos da produtora cultural exigiram justiça pela morte de “Lua”, como era conhecida.

Aos poucos, em uma pequena área montada às margens do calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, cadeiras disponibilizadas eram ocupadas pelo público que acompanhou o ato. Faixas, microfones, instrumentos musicais e tecidos de diferentes cores faziam parte do cenário. No local, artistas do Galpão da Lua apresentaram canções e encenaram peças voltadas ao tema da justiça

O pai de Luana, Marcos de Almeida Barbosa, 63 anos, disse que espera justiça. “O Judiciário em Prudente fez a pronúncia ao Tribunal do Júri e a defesa do autor do disparo recorreu em 2017. Até agora, estamos aguardando que faça o julgamento do recurso e esperamos que confirme a decisão da Justiça de Prudente, para que seja realizado o Tribunal do Júri”, afirma.

A reportagem solicitou informações ao TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) sobre o trâmite do processo que envolve o crime. Por meio de nota, afirmou que o documento está em segredo de Justiça. Sobre as acusações apontadas pela família, foi enviada uma solicitação à Polícia Militar do Estado de São Paulo para buscar um posicionamento. Até a publicação, não obteve respostas.

Furou a blitz

Luana Barbosa estava na garupa de uma moto com o namorado quando levou um tiro no tórax, disparado por um cabo da PM. O condutor tentou furar o bloqueio de uma blitz policial, quando o fato ocorreu. Na época, afirmou que não parou porque estava com a CNH (Carteira de Habilitação Vencida). Na versão do policial, o capacete do piloto teria batido na mão, o que ocasionou o disparo. No entanto, para a família o tiro não foi acidental.

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