A adaptação do best seller de Collen Hoover se mostrou uma grande polêmica e uma bomba que saiu direto do cinema para o catálogo da Max. Para quem leu o livro, o longa é péssimo, para quem não leu, é minimamente aceitável. Não costumo trazer críticas negativas a esta coluna, mas não consegui deixar essa passar.
Lily Bloom, cujo pai acabara de falecer e que está para abrir uma floricultura em Boston, com sua vida sendo realmente mudada quando encontra um quase que literal príncipe encantado na figura de Ryle Kincaid, um neurocirurgião rico, lindo e sarado que larga sua vida boêmia de solteiro convicto para ficar com ela. A abordagem da história como um conto de fadas faz sentido, ainda que, visual e narrativamente, o filme tenha um primeiro terço problemático justamente por isso.
Mas o que realmente atrapalha é que a roteirista parece ter sentido necessidade de esconder a “reviravolta” narrativa por quase a metade da duração do filme e, mesmo assim, mantendo enevoada a situação que vai de romance impossível até caso de violência doméstica para bem além da metade. Não sei se, no livro, essa dúvida é cultivada por tanto tempo, mas, se é, imagino que, sem as imagens, isso fique mais fácil.
Com um roteiro fajuto, e uma campanha de marketing infundada, o filme se vende do forma oposta ao que realmente é! Por se tratar de um tema tão sensível e atual como violência domestica, as duas coisas se misturaram e deram um nó, complicando ainda mais uma narrativa frágil.
Muitos acusam Colleen (autora) e Baldoni (diretor) de ter romantizado a violência sofrida por sua protagonista. Isso se dá tanto por atitudes tomadas por Lily no final do romance, quanto pelo fato de Ryle ter sofrido um trauma no passado que pode ser o que desencadeou o seu comportamento violento. As críticas vão além do conteúdo literário.
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