“O Grêmio Prudente é uma associação sem fins lucrativos. Ou seja, é um clube realmente. Não é uma SAF [Sociedade Anônima do Futebol], não é um clube empresa. Pode vir a se tornar se assim a sua diretoria e seu quadro de associados entender que é saudável, interessante”, iniciou o atual presidente do Grêmio Prudente, o empresário prudentino André Garcia, que é um dos sócios majoritários da e-commerce de materiais esportivos FutFanatics, ao ser questionado hoje, em coletiva, sobre o que é o Grêmio Prudente atualmente e se ele, guardadas as proporções, pode ser considerado um mecenas da equipe, bem como “tia” Leila Pereira, dona da Crefisa, é no Palmeiras. Com a gestão de Garcia, diversas empresas da cidade aderiram sua marca ao voo do Carcará guiado pelo empresário prudentino.
“Eu tenho um mandato para cumprir até final de 2024 e tenho uma possibilidade, pelo estatuto do clube, de uma reeleição. Hoje, essa é a realidade administrativa do clube. O CNPJ do Grêmio Prudente é uma associação, não é uma SAF”, complementou Garcia, ao falar sobre cenário atual do Carcará em comparação com alguns casos de gigantes do futebol brasileiro, onde empresários estão à frente de clubes tradicionais, tal como o Atlético Mineiro, com Rubens Menin, dono da MRV e do Banco Inter, a própria Leila Pereira no mecenato da Barra Funda, do norte-americano Jonh Textor no Botafogo, do Rio de Janeiro, entre outros diversos exemplos atuais ou históricos do esporte bretão em terras tupiniquins.
Garcia, sobretudo, falou que continua motivado para dar prosseguimento no projeto de ascensão do Grêmio Prudente no futebol paulista e na consolidação da identidade do Gavião Carcará com Prudente e região. “Estou muito motivado apesar de ter esse revés. Essa derrota no sábado nos entristece, mas quando se tem consciência do que está fazendo e almeja um objetivo, não é um momento ruim, de instabilidade, que vai fazer a gente desistir”.
“Eu faço muitos mais por paixão do que realmente levar como um negócio. Faço por gostar do esporte, por ser daqui de Prudente e de querer que a cidade tenha novamente o futebol no seu dia a dia”, acrescentou o atual presidente do Grêmio.
A gestão de Garcia à frente do Carcará começou em 2019, com a renovação da identidade visual do clube e a proposta de retomar a identidade da cidade com o futebol por meio de um clube profissional. Identidade que possui ecos na história de Prudente, principalmente, com os tempos áureos da Prudentina e as bonanças e sofrimentos com o Corintinha de Presidente Prudente. De 2019 pra cá, o Grêmio Prudente participou de três decisões de acesso na Bêzinha (2020, 2021, 2022), subiu para A3 e conquistou o título invicto da quarta divisão em 2022 e jogou a decisão do acesso para a A2 nesta temporada.
Para Garcia, algumas arestas precisam ser aparadas para dar continuidade no crescimento do clube. “A gente sabe que fazendo melhorias, fazendo ajustes, investindo na base e tendo um espaço físico bom para trabalho, para treino, isso também é importante, como melhorar as condições de nosso estádio. Tudo isso vai fazer um Grêmio Prudente mais forte”, ressaltou o mandachuva do Carcará ao frisar que estas questões são resolvidas passo a passo e não “tudo de uma vez”.
“Acho que quem vem acompanhando ano a ano vem vendo que alguma coisa sempre vem evoluindo. Penso também que o Prudentão já melhorou um pouco, mas precisa de mais”, acrescentou Garcia, que o planejamento é feito a partir de uma realidade de um clube que ocupa a terceira divisão do Paulistão, mas com anseios de voos maiores.