Mineira radicada em Presidente Prudente, Flávia Giacon, 48 anos, é psicóloga, especialista em Reprodução Humana Assistida, casada há 25 anos com Eurico (namoro cinco anos; casamento 20); juntos têm um filho, Vinícius, 16 anos. Seu esporte é a corrida e já completou cinco maratonas. Este ano realizou um projeto desafiador, correr uma meia maratona por dia, 21 km durante um mês. Percorreu 630 km durante 30 dias.
Como surgiu a ideia de realizar o desfio de correr 30 meias maratonas em 30 dias?
Em novembro de 2023, fiz o Caminho da Fé, mas desta vez, percorrendo uma distância maior, 440 km partindo da cidade em que nasci, Guaxupé [MG]. Foi minha terceira vez nesta experiência que é algo inexplicável e muito edificante. E foi lá que veio esta ideia de me desafiar em correr por 30 dias consecutivos, a distância que mais gosto, que é a da meia maratona. O mês escolhido foi abril, por ser o mês do meu aniversário. A ideia teve todo sentido e significado para mim e, desde então comecei a pensar melhor sobre o assunto.
Com quem você compartilhou inicialmente esta ideia?
Primeiro, conversei com marido e filho, contando a ideia que tive. Eles acharam um projeto audacioso, desafiador e desde o início foram meus principais apoiadores e incentivadores. Isto foi como receber uma “carta branca” para que eu pudesse prosseguir. Logo após, conversei com o Eliseu Sena, que é meu treinador. Lembro das palavras dele, que foi algo neste sentido: ‘Flávia você é doida né?! [risos] Você dá conta. Sua genética contribui muito e você treina com foco e se cuida de forma geral’.
Como você se preparou fisicamente e psicologicamente para completar este desafio?
Após estas conversas, ainda em novembro do ano passado, de alguma forma, comecei o preparo físico, me reorganizando para a fase preparatória, visto que os treinos iriam se intensificar. Desde o início meu objetivo era fazer todas as 21 meias maratonas abaixo de duas horas, mas o tempo todo estava claro para mim que, se por algum motivo eu precisasse rever isto ou parar a qualquer momento, não teria problema algum também, afinal era um compromisso assumido comigo mesmo e era para ser leve, não uma obrigação. Ter este compromisso, mas ao mesmo tempo, ter a tranquilidade de decidir parar a qualquer momento, foi fundamental para meu bem-estar emocional. Foram em torno de três meses de treinos mais intensos!
“Este veio para fortalecer alguns laços de amizade e apresentar novos amigos”
E como foi o dia a dia durante o mês de abril?
Iniciava todos os dias, entre 4h30 e 5h, e, por segurança, corria dentro do condomínio e, quando clareava percorria diferentes trajetos, optando pelos mais planos e com pontos para hidratação, visto que na madrugada já havia enfrentado o sobe e desce do condomínio que moramos. Saindo cedo, voltava com um tempo considerável para me cuidar com mais tranquilidade, me alimentar, suplementar, fazer gelo, sauna, uma ducha com mais tempo, alongamentos.
Quais formam os maiores desafios físicos e mentais que você enfrentou durante esse período intenso de corridas?
Fisicamente e mentalmente, graças a Deus, passei muito bem por este desafio. Consegui aproveitar a cada dia, atenta como meu corpo estava reagindo e vigilante quanto ao meu rendimento no trabalho.
Como a prática esportiva, em especial a corrida, se relaciona com a sua profissão de psicóloga?
A corrida, assim como a maioria dos esportes, exige mesmo do atleta amador, resistência e resiliência. A vida nos faz um convite diário para sermos resistentes e resilientes, seja na vida pessoal, seja na vida profissional. Num paralelo entre minha profissão e a corrida, posso dizer que ambas exigem compromisso com o cuidado consigo mesmo; ambas demandam uma certa capacidade de adaptação e flexibilidade para lidar com as adversidades. Assim é na corrida; assim é na psicologia.
Quais foram as principais lições que você aprendeu ao completar esse desafio de correr 21 km diariamente por um mês?
Este desafio veio para reforçar algumas lições já aprendidas, principalmente em relação à convivência com as pessoas. Veio para fortalecer alguns laços de amizade e apresentar novos amigos. Tive momentos bem especiais e que me fizeram muito bem. De alguma forma, já agradeci a estas pessoas, mas longe de retribuir tudo o que fizeram por mim.
Como você lidou com eventuais momentos de desmotivação ou cansaço ao longo do desafio?
Não teve nenhum momento que cheguei a ficar exaurida e, tenho comigo que foi o cuidado desde o início, que fez com que não houvesse um cansaço acumulado. Em nenhum momento me senti desmotivada, muito pelo contrário, conforme os dias iam avançando, tinha aquela expectativa gostosa para a madrugada seguinte e para experimentar tudo o que a corrida estava me proporcionando: 30 dias de nasceres do sol!!!
“Em nenhum momento me senti desmotivada, muito pelo contrário, conforme os dias iam avançando, tinha aquela expectativa gostosa para a madrugada seguinte e para experimentar tudo o que a corrida estava me proporcionando: 30 dias de nasceres do sol!!!”
Qual o conselho que você daria para quem deseja se desafiar fisicamente e mentalmente, assim como você fez com esta maratona de meias?
Antes de qualquer coisa, estar com o ‘check-up’ médico em dia é fundamental para toda e qualquer atividade física. Em se tratando de algo mais “antifisiológico”, no qual o corpo precisará de mais energia, este cuidado com a saúde geral deve ser redobrado. Conte com a ajuda profissional desde a fase preparatória, durante seu desafio e após seu término. Esteja vigilante aos sinais que seu corpo vai dando. Estes sinais podem ser motivadores para prosseguir, mas também podem significar que é hora de parar. Mantenha o foco em terminar, mas não hesite em parar, caso não esteja fazendo bem para seu corpo ou esteja sendo algo que que não lhe traga satisfação, prazer, leveza, alegria.
Quais são seus próximos desafios e como você pretende se preparar para eles?
Meu próximo desafio é não me desafiar [risos]. Não tenho nenhum desafio pela frente, mas tenho um objetivo de fazer o Caminho de Santiago de Compostela, de preferência o trajeto completo, cerca de 960 km.
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