A dengue, uma doença que já se tornou velha conhecida dos brasileiros, continua sendo uma ameaça à saúde pública, exigindo atenção, comprometimento e ações coordenadas entre o poder público e a população. Em um cenário onde o mosquito Aedes aegypti permanece como um adversário resiliente, o esforço para combatê-lo não pode ser negligenciado.
Exemplo disso é o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente, em parceria com as Vigilâncias Epidemiológicas municipal e estadual. Com uma abordagem proativa, a cidade reforça as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Neste sábado, mais uma importante iniciativa será colocada em prática: um arrastão de limpeza na área 2, abrangendo os bairros Cecap, Cohab, Santa Paula e São Gabriel, na zona oeste da cidade. Essa mobilização vem acompanhada de medidas complementares, como a nebulização realizada nos últimos dias, uma ferramenta crucial para eliminar focos do mosquito em áreas de maior risco.
Os números, por sua vez, acendem um alerta preocupante. Segundo o último boletim divulgado, 1.631 pessoas aguardam resultados de exames, 164 casos de dengue já foram confirmados, e uma morte foi registrada em 2025. Esses dados evidenciam que a dengue não é apenas um problema sazonal, mas uma emergência contínua, especialmente em períodos de calor e chuva, que favorecem a proliferação do mosquito.
O sucesso no enfrentamento à dengue não depende apenas das autoridades de saúde. A população também desempenha um papel essencial ao adotar práticas simples, mas eficazes, como evitar o acúmulo de água parada, verificar calhas e quintais, e permitir o acesso dos agentes de saúde em suas residências para inspeções.
O exemplo de Presidente Prudente serve como um lembrete da importância de esforços conjuntos para conter a doença. Contudo, a luta contra a dengue não pode ser tratada como uma campanha ocasional, mas como um compromisso contínuo de todos. Afinal, proteger a saúde coletiva é, antes de tudo, um ato de cidadania.