A liderança facilitadora e vulnerável

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 02/06/2024
Horário 04:30

A transformação da liderança no ambiente corporativo tem ganhado destaque. Marcelo Cardo, fundador da consultoria Chie, resume essa mudança ao afirmar que "a ideia de que é possível planejar e controlar tudo na gestão caiu por terra". Em um cenário de constantes mudanças e de incertezas, as empresas precisam adotar uma abordagem mais flexível e adaptativa, substituindo a liderança tradicional autoritária por uma liderança facilitadora.
Segundo Mariana Achutti, CEO da escola corporativa Sputnik, a nova liderança deve ser baseada na vulnerabilidade. Isso significa que líderes precisam estar dispostos a errar e admitir que não sabem tudo. Este ato de coragem humaniza o líder, gera empatia e promove o trabalho em equipe. A vulnerabilidade torna-se um poderoso instrumento de gestão, ajudando a construir um ambiente de confiança e colaboração.
A mudança para uma liderança facilitadora é fundamental para criar um ambiente onde os funcionários se sintam valorizados e engajados. Ao demonstrar empatia e disposição para aprender com os erros, os líderes incentivam suas equipes a adotarem a mesma postura. Esse comportamento cria um ciclo virtuoso de desenvolvimento e crescimento, tanto para os indivíduos quanto para a organização.
No contexto atual, a flexibilidade na liderança não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade. As rápidas transformações tecnológicas, as mudanças nas expectativas dos consumidores e a crescente complexidade dos mercados exigem que as organizações sejam ágeis e adaptáveis. A liderança facilitadora, com sua ênfase na colaboração e na aprendizagem contínua, está bem-posicionada para responder a essas demandas.
Um exemplo prático de como essa mudança pode ser implementada é através de feedbacks contínuos e construtivos. Em vez de reuniões formais de avaliação de desempenho, muitas vezes temidas e vistas como momentos de julgamento, as empresas podem incentivar conversas regulares entre líderes e equipes. Esses diálogos abertos e honestos ajudam a identificar problemas rapidamente, promover soluções colaborativas e reconhecer esforços e conquistas.
Em resumo, a transição para uma liderança facilitadora é um passo vital para as organizações que desejam prosperar no ambiente dinâmico de hoje. Ao abraçar a flexibilidade, a vulnerabilidade e a empatia, os líderes podem criar equipes mais coesas, inovadoras e resilientes. Esse novo modelo de liderança não apenas melhora o desempenho organizacional, mas também contribui para o bem-estar e satisfação dos funcionários, estabelecendo um ciclo de sucesso sustentável para o futuro.
 

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