A importância da saúde mental nos esportes de competição...

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 05/11/2024
Horário 04:30

Evidentemente que queremos que o esporte cresça, evolua, se conserve, que seja mais um momento oportuno na vida de quem realmente faça e valoriza a sua crescente. Por tanto, queremos que ele, de onde possa vir o incentivo, que seja conscientemente verdadeiro e contínuo. Por que faço essa pequena introdução? Pois acredito que muitos de nós já sabemos até onde esse incentivo verdadeiramente possa vir!
Estivemos recentemente na cidade de Piraju, para ser mais exato, de 31 de outubro a 3 de novembro, onde foi realizada a Copa de Ginástica Rítmica, e podemos presenciar um número de mais de 400 pequenas atletas, vindas de grande parte do Estado de São Paulo. Ali, de maneira belíssima, podemos ver de perto o quanto os olhos do público e os aplausos enalteceram aquelas crianças que, com certeza, deram o melhor de si. Dentro de suas melhores performances, podemos vivenciar o quanto dali poderá provir grandes resultados que num futuro não tão distante irão brilhar e representar o nosso grande Brasil. Mesmo que não seja, já será um grande avanço na força dessas crianças tão envolventes nesse esporte.
Mas, entendemos também que, toda competição tem suas diferenças. E o resultado verdadeiramente edifica quem se fez valer de sua performance. Ali, com certeza, prevalece o que foi apresentado, o que uma comissão julgadora avalia, os quesitos que lhes são apresentados e pronto. Podemos dizer que a ginástica rítmica é uma modalidade muito atípica, devido sua delicadeza e sensibilidade no que podemos considerar dos detalhes quando apresentada de forma que fica nítida a sua beleza. Assim, e desde cedo, vemos o quanto essas crianças sentem na pele e mais ainda nas suas emoções, devido o nervosismo que sentem e apresentam. 
Momentos belíssimos de mobilidades motoras que nos fazem respirar e inspirar profundamente, devido os desafios que criam e se mostram. Mas, infelizmente e nitidamente, quando algo não deu certo, devido o que foi treinado e não saiu como planejado, a plateia se cala, na expectativa do que realmente pode vir acontecer. Pausa, vem o silêncio (mas a música continua tocando), algo aconteceu e não vemos nenhuma ação do próximo movimento. Dali ficam estagnadas, na espera de algo ou alguém que as incentive a continuar... 
Depois de um tempo, passo a perguntar de maneira precisa a uma professora técnica de outra equipe: o que acontece nessa hora da paralisação sem ação do próximo movimento? Pois o que foi treinado, não acontece? Então, me respondeu essa professora: Trabalho sempre com crianças na base, o que realmente me fascina, devido à iniciação ser primordial bem antes de chegar a qualquer que seja a competição, e assim tento, nas melhores das intenções, conversar com elas e principalmente seus pais. Falando da importância e da necessidade de se valer dos treinamentos, mas se preparando para alguma apresentação, por menor que ela seja. 
Elas precisam se divertir quando estiverem treinando e se possível quando forem se apresentar. Mesmo sendo uma simples apresentação, não podemos deixar de entender e comentar com elas que isso gradativamente se expande e surge a competição.
Precisamos praticar e ainda insistir, por mais que seja o óbvio de tudo isso. Cada participante vivencia a sua primeira apresentação sendo como sua maior competição (mesmo em seu pensamento interno) e precisamos urgentemente fazer com que qualquer que seja o trabalho de um profissional na sua iniciação, fazer chegar ao nível de competição. E finaliza: por isso, os professores, os treinadores, os pais, as alunas, precisam se unir e blindar fortemente quando as emoções ultrapassam aquilo que às vezes não termos força. 

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