ESTRELATO:
O novo filme de Darren Aronofsky trouxe de volta o estrelato de Brendan Fraser, que entregou a maior interpretação de sua carreira, ao seu tocante e emotivo Charlie, um professor obeso mórbido, que está vivendo a última semana de sua vida e tenta se redimir com sua filha, ao mesmo tempo em que convive com alguns fantasmas do seu passado.
DIVIDIU OPINIÕES:
As críticas se dividem entre o apelativo e o comovente, alguns relatando que Aronofsky não da importância alguma à humanidade de seus personagens. Quanto mais desolador o terreno, mais confortável o diretor se sente. A tentativa de redenção é dificultada pelo fato de que Charlie, ao se descobrir gay e se apaixonar por outro homem, abandonou Ellie e sua ex-mulher quando a menina tinha 8 anos.
ESTÉTICA:
Ao se concentrar apenas em um cenário, sendo este a residência de Charlie, a proporção da tela em 4:3 foi uma escolha crucial para ilustrar a dificuldade de locomoção do protagonista. Com a chegada de Ellie, é notável os planos que exemplificam isso quando Charlie tenta acompanhar, de costas, olhando por cima dos ombros para a garota ríspida e inquieta, e a câmera captura os movimentos sempre ao redor de Charlie, na limitação de sua visão e postura.
CULPA E LUTO:
As características em comum com os outros filmes se mantém, mas aqui o foco não é abordar as obsessões e vícios. A culpa acaba ganhando espaço. Se Fraser é o trunfo dramático, Hong Chau surge como o seu inesperado centro nervoso - na pele de Liz, amiga e enfermeira. Que equilibra a necessária expansividade do colega de cena com uma performance tensa, precisamente localizada na agonia entre a culpa e a expiação, o luto e o alívio.
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