Voto consciente deve ser pautado na “investigação” sobre seus candidatos

EDITORIAL -

Data 08/09/2018
Horário 07:00

A escolha daqueles que ocuparão os cargos, a partir de 1º de janeiro, em cadeiras do Executivo e Legislativo brasileiro, exige um trabalho minucioso por parte do eleitor, trabalho que, infelizmente, uma grande maioria não deve fazer. O cidadão não pode levar em consideração apenas o favorecimento pessoal para deixar no cargo, por quatro anos consecutivos, alguém que, na verdade, deve apresentar propostas para ajudar a sociedade como um todo, que tenham projetos plausíveis, cuja aplicabilidade financeira e operacional sejam possíveis.

Nas propagandas eleitorais gratuitas, nos veículos de comunicação, são inúmeras as promessas infundadas de candidatos que sequer buscaram estudar a viabilidade de implantação das ações. Por falta de informação ou mesmo por má-fé este tipo de comportamento “engana” o eleitor mal informado. Nas portas de nossas casas, do mesmo modo, são inúmeros os que nos visitam, sobretudo àqueles que nunca vimos pessoalmente, e que neste momento de ânsia por obter uma das cadeiras oferecem “milagres” com o dinheiro público.

Além de escolher pessoas de boa índole, é necessário pesquisar o passado político dos aspirantes aos cargos, uma vez que lá pode estar muitas razões para a escolha do voto. Decidir por um bom administrador e legislador é garantir direitos constitucionais aos cidadãos.

Nesta semana, a agência Audi Comunicação, de Presidente Prudente, na campanha denominada “Voto consciente” levou o ouro na categoria mídia impressa, no 2º Prêmio APP Sorocaba de Criação Publicitária. A peça publicitária foi desenvolvida em parceria com O Imparcial e traz o candidato palhaço, o deputado corrupto, com prática de nepotismo...

Isso mostra o quanto é louvável a iniciativa na busca de conscientizar a comunidade para o voto correto. As propagandas são imprescindíveis para esclarecer dúvidas e orientar o eleitor. As pessoas mais bem instruídas, da mesma forma, devem aproveitar o ensejo de auxiliar na formação de um votante. No entanto, é importante não ser partidária na hora da orientação.

O horário eleitoral gratuito, muitas vezes, tem mais função de picadeiro do que informativo. É um espetáculo, cansativo, mas para a edificação de um voto consciente se faz necessário que a população aproveite todas as oportunidades para a avaliação de seus propensos escolhidos. Nesta prática democrática, a vez é nossa.

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