Vizinhos do Arilena requerem melhorias em estrada de acesso

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 18/03/2018
Horário 10:51
José Reis, Vizinhança diz que, com chuva, estrada fica intransitável
José Reis, Vizinhança diz que, com chuva, estrada fica intransitável

Por se tratarem de áreas que ainda não atendem as exigências do planejamento urbanístico, os loteamentos Arilena I, II e III, situados na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em Presidente Prudente, possuem apenas um acesso para o transporte urbano. Ocorre que, conforme apontam os moradores da localidade, a estrada destinada para o tráfego dos ônibus está em condições inadequadas de conservação e, em dias de chuva, se torna intransitável. Nestes períodos, o coletivo não consegue entrar no bairro e os usuários são obrigados a caminharem a pé até a rodovia.

A situação preocupa a estudante Bethânia Caroline Evangelista Pimentel, 14 anos, que estuda no período da tarde e, por esta razão, volta para casa somente quando o céu está escuro. Nas ocasiões de chuva, a jovem precisa andar sozinha na referida estrada, o que lhe deixa insegura, considerando que o conjunto Arilena está isolado da cidade e não dispõe de policiamento próximo. O pai da menina, Antônio Rubens Evangelista, 57 anos, sente receio pela situação da filha e cobra atuação constante da Polícia Militar naquela região. Segundo ele, o serviço de patrulhamento é “raro” e deixa a localidade “desprotegida”. Em sua opinião, as viaturas poderiam circular por ali pelo menos uma vez por semana para mostrar que o local está sendo vigiado e, com isso, intimidar pessoas mal intencionadas.

O aposentado Clóvis Simões Pinto, 69 anos, e a professora aposentada Ademir Jusfredo Simões Pinto, 66 anos, reivindicam a manutenção imediata da estrada, posto que não só oferece risco aos ônibus, como também aos carros que tentam entrar e sair do bairro. Tanto é que o veículo do genro do casal já ficou “encalhado” em um dia de chuva. Ademir argumenta que o Arilena conta com trabalhadores, crianças e idosos que dependem de ônibus para honrar seus compromissos e, muitas vezes, ficam desamparados por conta do problema. “Eles [a Prefeitura] jogaram apenas cascalhos na estrada, o que não resolve nada. Embora o bairro não esteja regularizado, nós pagamos todos os impostos, então merecemos uma infraestrutura melhor”, relatam.

A supervisora Rita de Cássia Grizólia, 41 anos, sugere o recapeamento do trecho, o que facilitaria a acessibilidade da estrada, tendo em vista que as demais vias do bairro são “muito estreitas” para a passagem dos coletivos. “Na vizinhança, temos uma senhora de 80 anos com problemas de saúde que faz todo o caminho a pé quando o ônibus não consegue entrar”, aponta.

 

Perturbação de sossego

Em termos de segurança pública, a população pede, além de mais atenção ao policiamento, mais eficiência nos chamados. A dona de casa Vânia de Oliveira, 35 anos, não teve problemas com furtos ou roubos, mas sente dificuldade em acionar uma viatura em casos de perturbação de sossego. Isso porque o Arilena é predominantemente formado por chácaras e algumas delas são visadas para o aluguel de festas. A munícipe comenta que, em determinadas circunstâncias, há quem desrespeite a tranquilidade dos demais moradores e, mesmo comunicada, a PM não aparece para pedir que diminuam o barulho. Segundo Vânia, uma das dificuldades relatadas pelos policiais seria de que “não é possível localizar o Arilena no mapa, atrapalhando a intervenção da equipe”.

A respeito da execução de melhorias na estrada mencionada, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) se restringe a afirmar que “a questão será objeto de análise”. Já com relação ao policiamento, a PM foi procurada, porém, não enviou posicionamento até o fechamento deste especial.

Estrutura do bairro*

Área total de loteamento: 377.813,18 m²

* A Prefeitura não dispõe de outras informações por se tratar de um bairro que ainda não foi regularizado.

 

SERVIÇO

A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do pauta@imparcial.com.br, do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.

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