Por se tratarem de áreas que ainda não atendem as exigências do planejamento urbanístico, os loteamentos Arilena I, II e III, situados na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em Presidente Prudente, possuem apenas um acesso para o transporte urbano. Ocorre que, conforme apontam os moradores da localidade, a estrada destinada para o tráfego dos ônibus está em condições inadequadas de conservação e, em dias de chuva, se torna intransitável. Nestes períodos, o coletivo não consegue entrar no bairro e os usuários são obrigados a caminharem a pé até a rodovia.
A situação preocupa a estudante Bethânia Caroline Evangelista Pimentel, 14 anos, que estuda no período da tarde e, por esta razão, volta para casa somente quando o céu está escuro. Nas ocasiões de chuva, a jovem precisa andar sozinha na referida estrada, o que lhe deixa insegura, considerando que o conjunto Arilena está isolado da cidade e não dispõe de policiamento próximo. O pai da menina, Antônio Rubens Evangelista, 57 anos, sente receio pela situação da filha e cobra atuação constante da Polícia Militar naquela região. Segundo ele, o serviço de patrulhamento é “raro” e deixa a localidade “desprotegida”. Em sua opinião, as viaturas poderiam circular por ali pelo menos uma vez por semana para mostrar que o local está sendo vigiado e, com isso, intimidar pessoas mal intencionadas.
O aposentado Clóvis Simões Pinto, 69 anos, e a professora aposentada Ademir Jusfredo Simões Pinto, 66 anos, reivindicam a manutenção imediata da estrada, posto que não só oferece risco aos ônibus, como também aos carros que tentam entrar e sair do bairro. Tanto é que o veículo do genro do casal já ficou “encalhado” em um dia de chuva. Ademir argumenta que o Arilena conta com trabalhadores, crianças e idosos que dependem de ônibus para honrar seus compromissos e, muitas vezes, ficam desamparados por conta do problema. “Eles [a Prefeitura] jogaram apenas cascalhos na estrada, o que não resolve nada. Embora o bairro não esteja regularizado, nós pagamos todos os impostos, então merecemos uma infraestrutura melhor”, relatam.
A supervisora Rita de Cássia Grizólia, 41 anos, sugere o recapeamento do trecho, o que facilitaria a acessibilidade da estrada, tendo em vista que as demais vias do bairro são “muito estreitas” para a passagem dos coletivos. “Na vizinhança, temos uma senhora de 80 anos com problemas de saúde que faz todo o caminho a pé quando o ônibus não consegue entrar”, aponta.
Perturbação de sossego
Em termos de segurança pública, a população pede, além de mais atenção ao policiamento, mais eficiência nos chamados. A dona de casa Vânia de Oliveira, 35 anos, não teve problemas com furtos ou roubos, mas sente dificuldade em acionar uma viatura em casos de perturbação de sossego. Isso porque o Arilena é predominantemente formado por chácaras e algumas delas são visadas para o aluguel de festas. A munícipe comenta que, em determinadas circunstâncias, há quem desrespeite a tranquilidade dos demais moradores e, mesmo comunicada, a PM não aparece para pedir que diminuam o barulho. Segundo Vânia, uma das dificuldades relatadas pelos policiais seria de que “não é possível localizar o Arilena no mapa, atrapalhando a intervenção da equipe”.
A respeito da execução de melhorias na estrada mencionada, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) se restringe a afirmar que “a questão será objeto de análise”. Já com relação ao policiamento, a PM foi procurada, porém, não enviou posicionamento até o fechamento deste especial.
Estrutura do bairro*
Área total de loteamento: 377.813,18 m²
* A Prefeitura não dispõe de outras informações por se tratar de um bairro que ainda não foi regularizado.
SERVIÇO
A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do pauta@imparcial.com.br, do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.