Vida nova na volta às aulas

OPINIÃO - José Renato Nalini

Data 03/02/2018
Horário 13:40

A Escola Estadual Professor Paul Hugon, no Mandaqui é uma das maiores da rede pública de São Paulo. Tem 1,8 mil alunos e uma de suas paredes foi pintada pelo governo do Estado no dia 16 de janeiro. O gesto simbólico serviu também para anunciar que neste ano, a Secretaria da Educação dispõe de R$ 52,1 milhões para pequenos reparos em todas as unidades escolares paulistas. A destinação está condicionada ao número de alunos da escola. Começa com R$ 4.078,26, para escolas que tenham até 50 alunos, e vai até R$ 46.608,70, para as unidades com número de alunos superior a 1,8 mil estudantes.

A EE Paul Hugon recebeu R$ 34.956,52 e aplica a importância em pintura externa e interna, reparo nas muretas do pátio, troca de iluminação do pátio por lâmpadas de led, substituição da areia da pista de atletismo, corte de grama e substituição de vidros danificados. As obras que necessitem de alteração estrutural estão a cargo da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), instituição paulista que serve de apoio à Secretaria da Educação. Mas os pequenos reparos, feitos durante o período das férias, já constituem um recado para as equipes gestora, docente e discente das escolas estaduais. Verificar que o essencial está merecendo atenção é sempre um testemunho da importância que o Estado devota à Educação, a única alternativa para salvar o Brasil de suas mazelas.

Nenhuma Diretoria de Ensino, das 91 hoje existentes, deixou de receber esse numerário, o que é significativo num período de intensa crise econômico-financeira. São Paulo, ao contrário de outros Estados da Federação, não atrasou salários, honrou seus compromissos com a folha e ainda conseguiu iniciar a recomposição remuneratória, que é uma legítima demanda do funcionalismo da Educação.

Não há dúvida de que é preciso mais. O investimento bandeirante em educação pública equivale a mais do que um terço do orçamento. Se família e sociedade auxiliarem na gestão, sua operacionalidade, fiscalização, controle e consciência de que o dinheiro que se destina à Educação é dinheiro do povo, muito mais poderá vir a ser feito.

Daí a urgência de se ampliar a participação da sociedade civil das escolas públicas, no esplêndido projeto “Adoção Afetiva”. Pois o que falta, não é numerário, mas uma efetiva aproximação de família e sociedade das escolas públicas. Consideração, respeito, reconhecimento em relação a tudo o que o devotado servidor da Educação de São Paulo realiza dentro das escolas, é a alavanca propulsora do entusiasmo e idealismo que têm mantido o ensino público paulista em níveis significativos no cotejo da Federação. Por sinal que o diretor da escola Paul Hugon, que tem os anos finais do ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos nos três períodos de funcionamento, é um exemplo de dedicação. Por sua iniciativa, inúmeras melhorias foram implementadas à unidade, hoje respeitada e procurada em toda a região e por alunado que vem de outras regiões, atraído pelo ambiente saudável e acolhedor daquele estabelecimento. Bom reinício de aulas a todos os quase quatro milhões de estudantes da rede pública estadual de São Paulo.

Publicidade

Veja também