A VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) recolheu na manhã de ontem, das 8h ao meio-dia, 9 mil quilos de materiais inservíveis, como garrafas pet, plásticos, bacias, baldes, pneus, até televisores em mais um Mutirão de Combate à Dengue. A área escolhida foi a 4, que compreende a Vila Brasil, por exemplo, na região leste de Presidente Prudente. No fim de setembro, as equipes já haviam iniciado os trabalhos no mesmo local.
Segundo Elaine Bertacco, supervisora da VEM, estão fazendo uma intensificação dos trabalhos e essa área 4 sempre aparece com índices mais altos nos levantamentos do IB (Índice Breteau). Por isso resolveram começar por ela. “Nossa intenção é fechar toda essa área, mas se entrar algum caso no decorrer da semana, mudamos a estratégia”, expõe.
Elaine ressalta que o objetivo dessa intensificação, especialmente neste período, é pelo histórico epidemiológico do município o qual aponta que a partir de outubro os casos de dengue começam a aparecer. Conforme ela, por enquanto, o registro é de 34, mas, com as chuvas constantes e calor, a tendência é que a infestação aumente cada vez mais.
A supervisora da VEM destaca outra preocupação, que é não saber ainda que tipo de vírus está circulando na cidade. De acordo com o que vem acompanhando em Goiás (GO), Campinas (SP) e outras cidades e Estados, o que está circulando é o tipo 2.
“O que predominou em nosso município foi o tipo 1. Então, com uma reintrodução de outro tipo, a população não estará imunizada para tal. Em 2010 tivemos 296 casos com o tipo 2, o que quer dizer que poderemos ter maiores números. Essa é a preocupação”, destaca Elaine.
Outras equipes também atuaram no Residencial Monte Carlo e Residencial Tiezzi, para rever casas que estavam fechadas, com o objetivo de organizar novos mutirões nos próximos sábados. Estas ações ocorrem em bairros prioritários que apresentaram elevado índice larvário.
Elaine pontua que estão recolhendo recipientes que não incomodam o morador, aqueles de porte pequeno que acabam ficando em qualquer canto. Para adiantar os trabalhos deste sábado, os agentes passaram na quinta e sexta-feira entrando nas residências e orientando que colocassem para fora tudo que não tivesse utilidade, para que recolhessem ontem.
“O que podemos orientar aos demais munícipes, como estamos com apenas um caminhão, é que olhem tudo em suas casas, retirem todo recipiente que possa acumular água. Porque o mosquito precisa de pessoas, de sangue para a fêmea repor seus ovos. E 90% dos focos estão dentro das casas. Com esse tempo, chuva e calor, a combinação é perfeita para a infestação aumentar”, pontua a supervisora da Vigilância.
