Veículos sérios são aliados no combate às “fake news”

EDITORIAL -

Data 01/07/2018
Horário 05:03

É costumeiro ouvir críticas infundadas, suspeitas sem embasamento e ofensas genéricas mal explicadas a respeito de veículos noticiosos. No entanto, quando a população precisa confirmar os famosos boatos de whatsApp, é sempre à imprensa “tradicional” que o povo recorre. Não é de hoje que começaram a circular por essa famosa rede social burburinhos a respeito de um possível retorno da greve dos caminhoneiros. E nesse momento de “disse me disse” noticiamos essa semana tanto que a nível nacional quanto localmente as lideranças descartam a retomada das paralisações, pelo menos por agora.

Todos os áudios, as correntes e imagens sobre essa possibilidade, portanto, não passam de “fake news”, termo gringo já cunhado no país para definir os boatos que, vira e mexe, surgem pelas redes sociais. O problema é que cada vez mais as pessoas têm dificuldade em identificar as notícias falsas e selecionar as informações que recebem pela despreocupação com a checagem do fato. Tanto que uma pesquisa norte-americana citada recentemente por esse diário apontou que 70% das pessoas compartilham informações na web sem ter lido o conteúdo por completo.

Existem muitas dicas para identificar as fake news, como prestar atenção no layout do site (se é amador), nos créditos do jornalista e na credibilidade da fonte. Apesar de muitas vezes os grandes veículos serem taxados de “imparciais” por suas decisões editoriais e por adotar critérios jornalísticos muitas vezes desconhecidos pela população, no fim das contas eles acabam sendo os maiores aliados da população contra as informações distorcidas ou mentirosas.

Qualquer empresa jornalística com história e alcance se preocupa com a qualidade de sua apuração e a veracidade do que é publicado. Afinal, a sua sobrevivência depende exclusivamente da confiança do leitor no conteúdo ali divulgado. No entanto, esse trabalho é em vão quando as pessoas não tem essa mesma responsabilidade com as informações que compartilham, seja formal ou informalmente, em redes sociais ou em rodas de conversa.  É urgente que a sociedade compreenda o potencial destrutivo de uma mentira disseminada e a necessidade de agir conscientemente na checagem de fatos.

 

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