Valor do m² em imóveis para locação sobe 78,53% na área central prudentina

Porcentagem se refere àqueles com três dormitórios, no centro, no comparativo entre os anos de 2018 e 2019; metro quadrado passou de R$ 7,78 para R$ 13,89

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 30/06/2019
Horário 04:00
José Reis - Valor máximo do metro quadrado encontrado na cidade em 2018 era de R$ 7,78 e, hoje, alcança a marca de R$ 13,89
José Reis - Valor máximo do metro quadrado encontrado na cidade em 2018 era de R$ 7,78 e, hoje, alcança a marca de R$ 13,89

O valor médio do m² (metro quadrado) da locação em Presidente Prudente, entre 2018 e 2019, apresentou aumento de 78,53% se comparadas as casas de três dormitórios no centro da cidade. Isso porque, conforme o Creci (Conselho Regional de Corretor de Imóveis), o valor máximo do m² encontrado em 2018 era o de R$ 7,78, que passou para R$ 13,89. Mesmo com a variação positiva, o delegado regional do Creci, Alberico Pascoalini, lembra que essa métrica de analisar metros quadrados para estipular os valores, em Prudente, precisa levar em consideração um padrão de imóveis, bem como as individualidades.

A pesquisa do Conselho Regional de Corretor de Imóveis mostra ainda que as casas no centro da cidade, com dois dormitórios, no que diz respeito ao metro quadrado, também tiveram aumento no valor. Isso porque, as residências que em 2018 tinham preços médios entre R$ 7,22 e R$ 10, neste ano, passaram para R$ 6,25 e R$ 15,63. A variação do valor máximo, neste caso, em um ano, é de 56,3%. Sobre essa situação, o delegado regional do Creci lembra que a metodologia que dá certo na capital paulista, mesmo existindo no interior, não traz os mesmos efeitos. “O metro quadrado é muito bem aceito sim, ocorre que em São Paulo os prédios e casas são todos, em sua maioria, semelhantes e com as mesmas características. Aqui em Prudente, precisamos analisar o tamanho, o valor do condomínio, os aspectos de uso e suas condições para a habitabilidade, então o metro quadrado não interfere”, esclarece.

Além disso, afirma que não é possível falar em metro quadrado quando a realidade da cidade é a de diversos valores de condomínios, o que não permite a padronização, mas menciona que essa situação, inclusive, deve ser vista com bons olhos. “No caso do inquilino, permite que ele tenha uma condição muito ampla para a escolha, então para o consumidor essa é uma possibilidade de analisar os mais diversos cenários. A parte positiva já para o proprietário é a de que ele não fica na obrigatoriedade de colocar uma quantidade maior de benefícios, como móveis planejados, pela padronização de valores do metro quadrado, pois passa a disputar com base no que há no mercado”, finaliza.

Setor forte

A responsável pela área de locações da Mell Imóveis, Juliana Pereira da Silva, afirma que em Presidente Prudente o setor de locações tem ganhado cada vez mais espaço, já que em algumas ocasiões a venda apresenta quedas, e afirma que a procura é influenciada por preços coerentes com a realidade das famílias e conservação dos imóveis. “Já sobre o metro quadrado, acredito que não há como trabalhar em cima dele na cidade, justamente pela falta de padronização. O que precisamos analisar, portanto, para estipular os valores, por exemplo, são as condições de acabamento, de uso que o proprietário está deixando e valor do condomínio coerente”.

 

EM UM ANO

Aluguel está 32% mais caro aos apartamentos

GABRIEL BUOSI
Da Redação

O valor médio da locação de apartamentos no centro de Presidente Prudente teve um aumento de 32% em um ano, já que ele poderia chegar em 2018 ao montante de R$ 1.250 e, para este ano, os imóveis já podem ser encontrados por até R$ 1.650. As informações são do Creci (Conselho Regional de Corretor de Imóveis), que revelam ainda a valorização de 88% nas casas com dois dormitórios na mesma área e de até 100% nas residências de três dormitórios. “Acredito que esse índice dos apartamentos soma-se ao valor do condomínio, que de fato aumentou bastante e que por estar agregado acaba por aumentar o preço da locação”, comenta o delegado regional do Creci, Alberico Pascoalini.

Conforme os dados do Creci, os apartamentos na área central, com três dormitórios, eram encontrados em 2018 por preços entre R$ 700 e R$ 1.250, que para 2019 aumentaram para R$ 1.650. Já as residências, aquelas com dois dormitórios apresentaram aumento de 88%, já que em 2018 poderiam ser encontradas por preços entre R$ 500 e R$ 850, que em 2019 passaram para valores entre R$ 600 e R$ 1,6 mil. As casas com três dormitórios, por sua vez, tiveram um preço médio de locação que dobrou, já que passaram de R$ 700 a R$ 1.250 para R$ 900 a R$ 2,5 mil.

Pascoalini lembra que, sobre os apartamentos, outro fator que tem influenciado para a valorização é a presença de três dormitórios, principalmente nos prédios novos, que possibilitam a aquisição de imóveis com duas vagas na garagem. “Essa segunda vaga ajuda e muito, pois analise só a quantidade de carros que temos em Presidente Prudente. Para garantir que o veículo não durma na rua, a pessoa vai atrás daquela opção que ofertará maior conforto”, lembra. Além disso, não deixa de mencionar que a busca pela área central cresce a cada dia, principalmente pela facilidade de acesso às principais avenidas e centro comerciais e pela proximidade com bancos, supermercados e demais opções que podem ser realizadas a pé.

A procura é boa!

Na Imobiliária Rio Branco, conforme o gerente administrativo Richard Pereira, os imóveis da área central são sempre procurados, mas, principalmente, para fins comerciais. Conforme ele, a pesquisa retrata o reflexo do que tem ocorrido nos últimos anos, ação que é vista com bons olhos. “Mostra que a cidade tem crescido e sabemos que tende a crescer cada vez mais. É uma área boa, pois facilita a vida de moradores e empresários, por ser acessível e bem localizada”.

Publicidade

Veja também