“Precisa melhorar a segurança, a gente fica vulnerável a qualquer roubo, assalto. Falta policiamento, principalmente, à noite”, aponta a técnica em agropecuária, Inaê Gabrielli Honorato de Lima, 18 anos. “Falta iluminação, tem muitos fios soltos, não tem os itinerários dos ônibus e os horários, tem lugar que tem placa, outros não têm. Dá impressão que está abandonado”, pontua o operador de máquina, Kleber Alexandre de Souza, 40 anos. “A estética está muito feia, a pintura está descascada”, salienta Diana Toledo, 26 anos.
Inaê, Kleber e Diana só confirmam as denúncias enviadas a O Imparcial pela UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente) relativas à situação de abandono do terminal urbano da Avenida Brasil em Presidente Prudente. Problemas com sujeira deixada por fezes de pombos e lixeiras quebradas, ausência de horários e itinerários dos veículos, se somam à enxurrada de reclamações. Apesar da situação, um impasse a respeito de quem deve promover os reparos no local persiste.
QUEM É RESPONSAVEL
PELO TERMINAL URBANO?
A empresa concessionária do transporte público em Presidente Prudente, a Prudente Urbano, por meio da representante e advogada Renata Moço, afirmou que a manutenção de todos os terminais urbanos da cidade é de responsabilidade da Semob (Secretária Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública). Ela completa ao afirmar que o edital de licitação, em seu item 1.16, afirma que o valor fixado da outorga (cerca de R$ 83 mil mensais) deve ser destinado exclusivamente pelo município para a realização de investimentos no sistema, tais como a construção de pontos de parada, terminais de passageiros, placas de sinalização, recapeamento e sinalização de vias, entre outras ações relacionadas ao serviço de transporte coletivo.
A Prefeitura, em contrapartida, expõe que o “terminal urbano da Avenida Brasil é de responsabilidade da concessionária que administra o transporte coletivo na cidade”. “Ainda assim, a Secretaria de Mobilidade Urbana cobrou providências da referida empresa, que se comprometeu a fazer as manutenções necessárias no local, bem como providenciar a afixação dos itinerários das linhas”.
Mesmo questionada em relação ao referido trecho do edital da licitação vencida pela Prudente Urbano, a administração municipal manteve sua posição, em relação à cooperação público-privada. Enquanto não se decidem de quem é a reponsabilidade, a população segue sentindo-se lesada, deficientes de segurança, infraestrutura e informação.
