Uso moderado da internet promove benefícios

Contudo, conforme especialista, controle dos pais deve ser constante, pois excesso pode prejudicar qualidade de vida

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 11/10/2018
Horário 09:49
José Reis - Jenilson usa celular para estudar e para se informar sobre acontecimentos do mundo
José Reis - Jenilson usa celular para estudar e para se informar sobre acontecimentos do mundo

Celulares e tablets já são equipamentos inseridos no cotidiano. O uso desses aparelhos se potencializa ainda mais quando pensamos nas novas gerações. Segundo a última pesquisa da TIC Kids Online, o número de jovens, entre 9 e 17 anos, que acessa a internet apenas pelo celular, chegou a 44%. Ou seja, maior que em 2016, quando a faixa etária registrava 37%. E, segundo a psicopedagoga Delza Pereira de Souza Macedo, a tecnologia pode ser uma aliada, quando bem utilizada.

Para a profissional, duas horas diárias é o tempo máximo que esse público deve fazer uso de celulares e internet. O motivo, segundo explica, é para possibilitar que as crianças brinquem, estudem e realizem outras atividades que auxiliem no seu desenvolvimento. Além disso, para evitar problemas que se sobressaiam aos benefícios que o acesso oferece. “Existem vantagens, uma criança de cinco anos, por exemplo, pode aprender coisas importantes de forma lúdica, por meio de jogos educativos, mas deve existir um controle para que isso não acabe se tornando um prejuízo”, explica. De acordo com Delza, os principais malefícios que o uso excessivo pode trazer é irritabilidade, insônia e aumento de hiperatividade, tudo isso acaba afetando a qualidade de vida dos mais novos.

“Você percebe que, às vezes, a criança começa a ficar meio introvertida, não são em todos os casos, mas é sempre bom os pais estarem atentos a esses sinais. A tecnologia presta um grande auxílio no desenvolvimento de atividades que estimulam a memória e concentração. Mas, tudo em excesso não é bom, por isso é essencial o constante suporte dos pais”, explana a psicopedagoga. De acordo com ela, os primeiros sinais de que é preciso restringir o uso é quando a criança começa a se recusar a sair do celular, se torna agressiva e irritadiça. “Porém, vai depender de cada qual”, pontua.

Tecnologia amiga

Jenilson Silva, 21 anos, é um dos jovens que pertencem ao percentual dos internautas de smartphone. O estudante de Publicidade e Propaganda usa o celular para melhorar seu desempenho em sala de aula. Ele conta que o aparelho é uma alternativa para estudar enquanto está no ônibus a caminho da universidade. “Em semanas de provas, acaba ficando mais corrido, eu sempre estudo lendo no celular, é difícil pensar como seria se não tivéssemos como fazer isso, com ele eu pesquiso, tiro dúvidas, baixo arquivos acadêmicos”, frisa. Porém, o próprio estudante reconhece que tanta facilidade na palma da mão pode trazer malefícios. Conforme ele, esse fluxo constante de informações na internet faz com que as pessoas, principalmente os jovens, fiquem mal acostumados e com uma constante necessidade de imediatismo.

A prudentina Rita de Cássia Ferreira Poiato, 40 anos, concorda. Por isso, em sua casa, o controle de acesso da filha de oito anos é constante. De acordo com ela, a pequena Nayra Fernanda Ferreira Poiato utiliza o celular apenas para jogos e mesmo assim a fiscalização é essencial. “Ela tem celular desde os cinco anos, não proibimos, porque acho que quanto mais proíbe, mais elas querem mexer, então é livre, desde que a gente saiba onde ela está entrando”, acentua. Já Maria Ribeiro Limo, 41 anos, é mãe de três jovens de 22, 20 e 16 anos. Na casa dela, o uso de smartphone é um pouco mais controlado, principalmente nos horários de refeições e de estudo. “Acho que não atrapalha em nada, mas essas situações devem ser preservadas, é um momento de ficar com a família”, relata.

DICAS PARA USO DE CELULAR

- Ter bom senso;

- Não deixar o lazer de lado;

- Não começar a utilizar muito cedo;

- Evitar o uso no período noturno;

- Fiscalizar sempre.

Fonte: Delza Pereira de Souza Macedo

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