Unidades municipais realizam 883 mil consultas

Além dos serviços públicos da administração, Prudente conta ainda com 558 leitos em hospitais e 1,3 mil atendimentos diários

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 14/09/2018
Horário 05:44
Marcio Oliveira  - UPA do Ana Jacinta faz parte das unidades que, juntas, realizaram 883.315 consultas neste ano
Marcio Oliveira - UPA do Ana Jacinta faz parte das unidades que, juntas, realizaram 883.315 consultas neste ano

As unidades de saúde que são de responsabilidade da Prefeitura de Presidente Prudente, neste ano, realizaram 883.315 consultas, uma média de 5.105 por dia, conforme dados registrados até o dia 10 de setembro. Em 2017, durante todo o ano, o município registrou mais de 1,1 milhão de consultas, com atendimentos que passam, por exemplo, por clínica geral, além de especialidades como fisioterapia, infectologista e odontologia. “A Secretaria Municipal da Saúde, hoje com seus equipamentos, supre a demanda de atendimentos que possui”. Ainda em relação ao serviço na cidade, um levantamento realizado pela reportagem mostra que os hospitais do município recebem cerca de 1.330 pessoas por dia e contam com 558 leitos disponíveis.

Conforme os números informados pela Prefeitura, os atendimentos na saúde municipal são referentes às primeiras consultas, retornos, perícias e pronto-atendimentos. Nos 173 dias úteis de 2018, até o dia 10 de setembro, as unidades de responsabilidade da administração realizaram as 883.315 consultas, sendo a média de 5.105 consultas por dia e 104.740 consultas por mês. Já no ano passado, as unidades totalizaram 1.187.101 consultas em 241 dias úteis, que somam a média de 4.925 consultas por dia e 97.569 consultas por mês.

Para tanto, os munícipes contam com 11 unidades de UBS (Unidade Básica de Saúde), 20 ESFs (Estratégia Saúde da Família), quatro Caps (Centro de Atenção Psicossocial), seis Residências Terapêuticas, duas unidades de acolhimento, duas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) e demais unidades como o Centro de Controle de Zoonoses, Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica e Ambulatório Médico. Juntos, os locais oferecem atendimentos médicos que englobam a pediatria, ginecologia, obstetrícia, psicologia, serviço social, nutricionista, fonoaudiologia, geriatria e demais especialidades.

Saúde municipal

Já no que diz respeito aos hospitais de Presidente Prudente e que atendem não apenas a região oeste do Estado, o município conta com 558 leitos e atendimentos a cerca de 1.330 pessoas diariamente. O Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças, por exemplo, conta com 100 leitos, que são ocupados em cerca de 70% e com um ambulatório que atende em média 80 pessoas por dia. Sobre a demanda, a administração afirma conseguir suprir com a necessidade. Já o Hospital Iamada oferece 110 leitos, normalmente todos ocupados, e afirma receber cerca de 100 pacientes diariamente no pronto-atendimento da unidade. “Em média, 75% do público que passa por aqui é de Prudente. Em alguns períodos, a demanda é maior do que a oferta, principalmente na época de doenças sazonais”, informa.

O HRCPP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente), por sua vez, afirma possuir 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 16 leitos de semi-intensivos e 120 comuns. Cerca de 350 pacientes são atendidos diariamente nos setores de Radioterapia, Ambulatório, Quimioterapia e Ambulatório de Diagnóstico de Câncer de Próstata. “Do total de atendimentos, aproximadamente 30% moram em Presidente Prudente, enquanto os outros 70% se dividem nos 44 municípios que compõem o DRS-11 [Departamento Regional de Saúde de Presidente Prudente]. O atendimento atualmente é parcial, mas a partir de outubro deste ano estará apto a fazer cirurgias e internações. O hospital pode ajudar amenizando a fila de espera e a superlotação existente nos dois hospitais que atendem ao SUS [Sistema Único de Saúde] da cidade. Basta, para isso, centralizar 100% do atendimento oncológico ao HRCPP”, informa a unidade.

A Santa Casa de Misericórdia, por fim, ressalta contar com 202 leitos, afirma ter uma média de 800 atendimentos por dia e lembra que no primeiro semestre de 2018 a média diária de pessoas de Presidente Prudente atendida é de 58%. “A demanda é maior que a oferta e faltam leitos”.

CASOS RECENTES QUE ENVOLVEM A SAÚDE DO MUNICÍPIO

4 de setembro: A Polícia Civil instaurou um inquérito a fim de verificar a morte de um homem de 50 anos, que supostamente teria morrido um dia antes na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da zona norte da cidade, enquanto aguardava transferência para um hospital. Na ocasião, de acordo com o boletim de ocorrência, após a vítima, Valdeci Ferreira, com queixa de dores nas costas, passar por atendimentos médico na unidade de saúde em questão, bem como no na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Cohab e, em seguida, novamente na UPA zona norte, ele teria sido diagnosticado com um quadro de infarto, o que demandaria uma transferência, e que não ocorreu até a sua morte. Vale lembrar que, em maio, o MPE (Ministério Público Estadual) instaurou um inquérito civil para averiguar a falta de leitos em hospitais de referência de Presidente Prudente.

12 de agosto: João Batista, 63 anos, morreu enquanto aguardava pela disponibilidade de vagas em hospitais de referência, posto que, em função da gravidade do seu estado de saúde, precisaria ser transferido da UPA. Na ocasião, o secretário municipal de Saúde, Valmir da Silva Pinto, afirmou ter feito tudo o “que estava ao alcance”, o que não foi suficiente, já que o homem faleceu em virtude do caso clínico considerado grave antes de conquistar uma vaga.

16 de agosto: Após a UPA atender a uma paciente idosa, Enedina Lima de Barros, e constatar um quadro “instável e grave”, a unidade solicitou a transferência para um dos hospitais de referência, o que não ocorreu. “A gerência da UPA foi informada que não havia leitos disponíveis. Apesar de todos os esforços da equipe médica e multiprofissional, devido à gravidade do caso, a paciente faleceu na noite de quinta-feira”, esclarece a Prefeitura.

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