União ou nada

OPINIÃO - Arlette Piai

Data 24/03/2020
Horário 04:11

Um vírus tão micro, literalmente invisível aos nossos olhos, causa guerra e paz no mundo todo. O coronavírus conseguiu o que há séculos o mundo todo tenta: união. Hoje ocorre a inimaginável colaboração entre Israel e Palestina, onde guerras, perseguições e ódio sempre foram rotina. Fato inédito!

O coronavírus chegou ao nosso país. E palmas para o Brasil que está agindo a contento, nesse quesito. Mas é preciso que haja mais conscientização de cada um. Em alguns países, há disciplina da população quando a ordem é não sair de casa, por exemplo. Não é preciso polícia, não é preciso vigilância, todos respeitam, as ruas ficam desertas. Entretanto, no Brasil e, mesmo no nosso município, nem sempre, tem ocorrido. Respeito e disciplina são atos civilizatórios.

O bom aparato para o controle do coronavírus no Brasil deve ser também transferido para os “vírus nacionais”: O sarampo contamina entre 12 e 18 pessoas e leva a óbito. O H1N1 provocou 1.774 mortes em 19. O zica vírus fez que milhares de bebês nascerem anencéfalas. É preciso que a mídia e autoridades foquem com mesma intensidade outros vírus perigosos. O coronavírus atingiu primeiro os palacianos e os que fazem frequentes viagens internacionais, depois os mais pobres, já começa atingir as favelas. Mas a preferência deles, mesmo, são as vovós e os vovôs.

Hoje ocorre a inimaginável colaboração entre Israel e Palestina, onde guerras, perseguições e ódio sempre foram rotina

Quanto melhor a Educação de um povo, melhor esse povo reage, em situações desafiadoras como a do coronavírus. No entanto, o fracasso escolar tem aumentado a delinquência e a libertinagem. Chegou a tal ponto, leitor, que crianças do 4º ano, de 10 e 11 anos, envenenaram uma professora. É muito grande o descaso da Educação pelos nossos representantes! Então, leitor, vamos colaborar: ficando em casa enquanto se deve ficar e, quando liberados,“arregaçar as mangas”em prol da coletividade e dos  professores antes que a nação despenque.

O surto do coronavírus é muito sofrido, mas tudo passa, vai passar. O olhar esperançoso é que depois de vencido, nunca mais o mundo seja o mesmo. Ou as pessoas saem do individualismo competitivo e doentio em prol de atitudes solidárias - ou “nada”.  Afinal, ou se aprende aprendendo, de fato, ou ficaremos todos apreendidos.

 

 

 

 

 

Publicidade

Veja também