Unesp aguarda verba para reforma de pista

DESDE 2013 Com esperança desde antes das Olímpiadas, universidade tenta usar 30% do valor disponível para reparos do local

Esportes - JULHIA MARQUETI

Data 06/05/2018
Horário 10:10
Marcio Oliveira, Giovana Rampazzo: “vários trâmites ocorreram nestes quase cinco anos”
Marcio Oliveira, Giovana Rampazzo: “vários trâmites ocorreram nestes quase cinco anos”

Desde 2013, a direção da FCT (Faculdade de Ciências e Tecnologia) da Unesp, campus de Presidente Prudente, espera ansiosa a verba para reforma da Pista de Atletismo “Mario Covas”. Por conta do clima da cidade, com temperaturas elevadas, ao longo do tempo surgiram bolhas, buracos e placas soltas no solo e, por isso, a manutenção deveria ser feita o quanto antes. Sua última reforma ocorreu em 2002, quando o piso, de maneira total, foi substituído por um novo, que atende as normas da Iaaf (Associação Internacional de Federações de Atletismo, na sigla em inglês). Sendo assim, o local passa sem reformas há quase 16 anos. A reportagem de O Imparcial não recebeu retorno de atletas que fazem uso do local, para saber suas opiniões e desejos futuros para a melhoria.

Segundo a professora de Educação Física da Unesp, Giovana Rampazzo Teixeira, vários trâmites ocorreram nestes quase cinco anos de espera pela verba total para a reforma. “O dinheiro vem do Ministério do Esporte, desde antes das Olímpiadas estamos tentando, era até para um projeto olímpico, mas foram passando os tempos e não depositavam. Passaram os jogos e nada”, conta. A professora explica que não é apenas a pista de Presidente Prudente que aguarda o depósito, há outra cidade também. “Por outros problemas, a universidade já disse que não vai iniciar algum projeto sem antes receber os 100%”, afirma.

O valor da reforma gira em torno de R$ 12 milhões e no projeto não está proposto apenas a renovação do piso e sim a parte hídrica do local, paisagismo, iluminação, aumento dos banheiros e até estacionamento. Mas, no momento, a direção da universidade duvida que irá conseguir por em prática o primeiro edital que foi apresentado, ainda mais com 30% do valor depositado. “O atual valor que temos é o referente aos 30% e já que faz tempo que estamos tentando, decidimos buscar outra alternativa, que seria usar apenas esta quantia. No entanto, para isso, precisamos da aprovação do Ministério, assim como um novo projeto que custe esse menor valor”, explica. Para que a ideia seja aprovada, Giovana conta que deve viajar para Brasília dentro de alguns dias para tentar destravar este impasse. “Vamos tentar segurar, mas ainda não é certeza. Caso aprovem, eu volto com novas propostas de adequação do projeto, novos valores”, destaca.

Nos últimos dias, um boato de que, enfim, começasse as obras ocorreu em Prudente, mas nada se confirmou. “Devem ter comentado porque alguns especialistas foram até as pistas, porque já procuramos fazer alguns orçamentos”, explica. Sendo assim, nenhuma reforma está com previsão de início, menos ainda de término até o ano de 2019.

 

O outro lado

Em contato com o Ministério do Esporte, o impasse com a verba ocorre devido ao não início das obras, que deveriam ter começado em 2015. “Inicialmente, foram empenhados R$ 4.488.260,77, e a Unesp recebeu a autorização para início de obra em 30 de junho de 2015. Todavia, o percentual executado até o momento, segundo dados da Caixa, é de apenas 0,07%. Vale lembrar que a Caixa, mandatária da União, libera os recursos de acordo com o andamento da obra’, explica.

Na nota, a pasta também disse que não é obrigação 100% do ministério e que a universidade teria que dar em contrapartida R$ 1.263.091,93. “O valor do plano de trabalho é de R$ 12.599.329,21, sendo que o repasse da União ficou determinado em R$ 11.336.237,28”, destacaram.

No momento, a entidade aguarda o envio do novo planejamento para a pista de atletismo e, após receber, será feito uma análise técnica onde será decidido se a obra terá continuidade ou não.

 

Atletas

Segundo a atleta Giovana Rosália dos Santos, que faz uso da pista todos os dias para treinamento, uma obra seria bem vinda, porém, é agradecida por ter um espaço onde pode se dedicar a vida de atleta. “Lá é nossa segunda casa, no momento é o que temos, é essa a condição que nos é dada, temos que nos adaptar a isso”, afirma.

Publicidade

Veja também