Aborto, do latim, ‘ab ortus’ (privação do nascer), é um atentado contra à vida e, segundo São João Paulo II, “o aborto direto, isto é, desejado como fim e como meio, constitui sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente” (EV 62), um crime hediondo, assim como serão hediondos todos os outros crimes contra a vida humana nas diferentes fases ou situações de vulnerabilidade como o embrião, o feto, a criança, o jovem, o idoso, a pessoa com deficiência etc. Nossa posição é da vida plena, do cuidado, do direito à dignidade, não pelas nossas qualidades, mas pela sacralidade da nossa vida: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). (Dom Ricardo Hoepers – Sul 3 da CNBB)
A humanidade está em movimento. Conforme estimativas da ONU, a população que vive fora do país em que nasceu é de 3,3% da humanidade, o que corresponde a 244 milhões de pessoas, com um aumento de 41% entre 2000 e 2015. O número de migrantes internacionais aumentou mais rápido do que o crescimento da população, de acordo com a ONU. Na América Latina, a média de estrangeiros sobre a população local é inferior a 2%. O Brasil tem uma incidência ainda menor de imigrantes e refugiados sobre a população do país, cerca de 1%, incluindo as estimativas sobre aqueles que se encontram em situação migratória irregular. SP, RJ, PR, RS e DF foram destinos de quase metade dos fluxos de imigrantes. Contudo, deve-se destacar o aumento da presença de imigrantes nos Estados de GO, CE, MS e AM. RR e AM registram intenso fluxo da Venezuela, o de haitianos diminui. (CNBB)
Provocado por um relatório judicial na Pensilvânia (EE.UU.), o Papa Francisco escreveu uma “Carta ao Povo de Deus” condenando com ‘dor e vergonha’ as ‘atrocidades’ dos abusos, apontando o clericalismo como cultura a ser vencida pela participação de todos os membros da igreja numa grande solidariedade. “A dor dessas vítimas é um gemido que clama ao céu, que alcança a alma e que, por muito tempo, foi ignorado, emudecido ou silenciado. Mas seu grito foi mais forte do que todas as medidas que tentaram silenciá-lo ou, inclusive, que procuraram resolvê-lo com decisões que aumentaram a gravidade caindo na cumplicidade”. [*Entre 4 e 6% dos sacerdotes, ao longo de 50 anos (1950-2000), agiram contra o Evangelho e as leis].
“‘Um membro sofre? Todos os outros membros sofrem com ele’ (1Cor 12,26). Estas palavras de São Paulo ressoam com força no meu coração ao constatar mais uma vez o sofrimento vivido por muitos menores por causa de abusos sexuais, de poder e de consciência cometidos por um número notável de clérigos e pessoas consagradas. Um crime que gera profundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar nas vítimas, mas também em suas famílias e na inteira comunidade, tanto entre os crentes como entre os não-crentes. Olhando para o passado, nunca será suficiente o que se faça para pedir perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, nunca será pouco tudo o que for feito para gerar uma cultura capaz de evitar que essas situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem ocultadas e perpetuadas. A dor das vítimas e das suas famílias é também a nossa dor, por isso é preciso reafirmar mais uma vez o nosso compromisso em garantir a proteção de menores e de adultos em situações de vulnerabilidade”.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!