Torneio de Tiro ao Alvo reúne 40 participantes

“Se a pessoa não conseguir controlar seu emocional não consegue um bom resultado. A principal característica de um bom atirador é essa”, diz instrutor

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 09/07/2019
Horário 04:59
Arquivo - Campeonato contou com 65 inscrições durante o final de semana, no Tênis Clube
Arquivo - Campeonato contou com 65 inscrições durante o final de semana, no Tênis Clube

Sessenta e cinco inscrições e 40 participantes. Este foi o número de competidores que abrilhantaram a 15ª edição do Campeonato de Tiro ao Alvo, que ocorreu no final de semana, no TCPP (Tênis Clube de Presidente Prudente). De acordo com o instrutor e organizador do campeonato, José Maria Lisboa, 73 anos, o Zé Maria ou ainda “a lenda”, apelido dado por seu amigo, o delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) e também adepto da modalidade esportiva, Alberico Peretti Pasqualini, o evento foi mais uma vez muito bom. “[risos] Essa coisa de ‘a lenda’ é brincadeira do Alberico. Acho que por eu ter participado de vários campeonatos internacionais, por ter batido o recorde brasileiro de tiro [risos]. É sempre muito gratificante nos reunirmos em uma competição que requer muita concentração, equilíbrio. Se a pessoa não conseguir controlar seu emocional não consegue fazer um bom resultado. A principal característica de um bom atirador é essa: concentração. Tem que ter calma, não pode se estressar, além, claro de muito treinamento”, expõe Zé Maria.

Perguntado sobre a importância de fomentar essa prática esportiva no município, uma vez que a modalidade tem um público específico, ele explica que tudo começou na década de 1950 com Minoru Kuzuki, que participou de várias provas até que ganhou um Campeonato Brasileiro, mas que não foi homologado por ele ser japonês. “No ano seguinte ele se naturalizou brasileiro, mas infelizmente sofreu um infarto e acabou falecendo”, conta o instrutor de tiro.

Sobre a questão de concentração, calma e paciência, Zé Maria reforça o que explicara anteriormente narrando o fato curioso de seu grande amigo, Durval Guimarães, um dos maiores atiradores brasileiros, ícone no esporte do país, que segundo sua esposa ele era muito nervoso e quando começou a praticar tiro passou a se destacar e controlar a realidade. “Todo o treinamento era primordial para ele. Toda concentração era essencial para que pudesse fazer um bom disparo ao passo que ele acabou se transformando em uma pessoa extremamente calma ao ponto que ele conseguiu ir para cinco olímpiadas seguidas praticando tiro em nome do Brasil.

Campeonato que requer porte de arma, bem como a inscrição no CR (Certificado de Registro) foi referente à quarta etapa da Prova Nacional CBC/Taurus. O evento corre, simultaneamente, em várias cidades do interior paulista, bem como em oito Estados brasileiros.

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